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Domingo, 19 de maio de 2024

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Gisela reconhece que alguns advogados buscam crime para obter vantagens rápidas, mas diferencia prática do exercício profissional

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Gisela reconhece que alguns advogados buscam crime para obter vantagens rápidas, mas diferencia prática do exercício profissional
Em meio a uma série de operações policiais que tiveram como alvos advogados e advogadas, sobretudo a “Gravatas”, que mirou núcleo jurídico com supostas ligações estreitas junto ao Comando Vermelho, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil  - Seccional Mato Grosso, Gisela Cardoso, reforçou a importância de não se confundir o exercício da advocacia com a prática do crime.


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“É importante fazer essa diferenciação. Temos inúmeros advogados criminalistas que exercem a advocacia na defesa daqueles que respondem um processo criminal e isso não se pode, em hipótese alguma, ser confundido com o crime em tese praticado pelo cliente. Infelizmente a gente tem essa situação (confusão da polícia e sociedade). Advogado não defende crime. O advogado defende o direito daquele acusado (...)”, pontuou a presidente.

Durante sua participação no PodOlhar, já disponível no Youtube, Gisela foi questionada sobre o que poderia levar advogados a se envolverem com o crime organizado, como foi evidenciado em pelo menos três operações nos últimos anos, inclusive as mais recentes, onde os juristas são investigados como suspeitos por atuar como laranjas em lavagem de capitais, outros suspeitos de integrarem os chamados “Tribunal do Crime”, dentre outras suspeitas.

Cardoso foi enfática ao asseverar que, de fato, existem alguns juristas que adentram ou ultrapassam os limites do exercício profissional, e terminam realizando atividades criminosas. Na sua leitura, alguns defensores são seduzidos pelo mundo criminoso com intuito de obter vantagens, sobretudo financeira, de forma rápida.



“Se o advogado está respondendo por suposta pratica de crime, ele vai estar submetido às possíveis sanções, dentre elas o uso da tornozeleira, que é uma pena alternativa à prisão. O importante é não confundir a advocacia com a prática do crime. Infelizmente há advogados seduzidos pelo mundo do crime, para obter vantagens mais rápido. Importante saber até onde vai o exercício da profissão, para que não ultrapasse dos limites e possa vir a responder pela prática de crime”, completou.

Gravatas, Ativo Oculto e Apito Final

Com objetivo de desarticular um “braço jurídico” do Comando Vermelho em Mato Grosso, a Polícia Civil deflagou no dia 12 de março a Operação Gravatas, que mirou quatro advogados e um policial militar. Eles foram acusados de atuarem em conjunto com membros e líderes do Comando, responsáveis por intermediar a comunicação entre os chefes e os criminosos que eram presos, em troca de vantagens financeiras.

Ao pedir a prisão dos advogados Roberto Luís de Oliveira, capitão do núcleo, Tallis de Lara Evangelista, responsável pelas audiências dos criminosos, aqueles presos em flagrante ou os que já respondiam em processo criminal, Jéssica Daiane Maróstica, que fazia o acompanhamento processual dos faccionados, e Hingritty Borges Mingotti, cuja tarefa era ser a correspondente entre os membros, a PJC os classificou como verdadeiros “mensageiros do crime”.

Todos eles foram presos e respondem ação penal proveniente da operação, denunciados pelos crimes de associação para a produção e tráfico, tráfico de drogas, promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.

Em abril de 2023, o Gaeco deflagrou a Operação Ativo Oculto, com objetivo de desmantelar as ações de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, liderado por Sandro Silva Rabelo, o Sandro Louco. Dentre os alvos, sua advogada: Adriana da Matta. Ela foi presa na manhã do dia 3 daquele mês, como suposta responsável por fazer um contrato falso de locação em condomínio de luxo, em Cuiabá, para Thaisa Rabelo, esposa de Sandro Louco.

Adriana teria sido a responsável pelo contrato de locação, ideologicamente falso, dos imóveis de alto padrão nos quais Thaisa residiu, sendo o Condomínio Brasil Beach Home Resort Cuiabá e Condomínio Florais da Mata.

Contra esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas fomentado, especialmente, na região do Jardim Florianópolis, em Cuiabá, por lideranças do CV na capital, o Gaeco desencadeou a Apito Final.

Principal alvo era Paulo Witer Farias, o Paulo WT, apontado como tesoureiro do grupo, responsável por lavar milhões de reais para o grupo. Além dele, a ação prendeu o advogado Jonas Cândido da Silva, detido ao desembarcar no nordeste brasileiro para prestar assistência jurídica para Paulo Ita. Ele foi apontado como testa de ferro da organização.
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