Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Departamento de propina da OAS

Brasil, país com dimensões territoriais continentais, detentor de riquezas naturais incalculáveis, com florestas exuberantes, riquezas no subsolo, mananciais hídricos de dar inveja ao resto do mundo; conta com uma população ordeira e dedicada. Infelizmente no quesito honestidade, caráter, probidade, passamos longe do ideal, em função, da atuação pífia de alguns gestores públicos, mancomunados com empresas, ONGs, enfim, com grande quantidade de empresas privadas, das quais, a maioria delas ditas empresas ou organizações de "fachada", criadas com objetivo único, praticar atos ilícitos, como pagamento de propina, sem que a empresa real, ou os sócios desta, sejam responsabilizados pelos atos cometidos.

A pecha imputada ao Brasil de país corrupto ganhou força, após a deflagração da primeira fase da operação Lava Jato, para desarticular organizações criminosas acusadas de lavagem de dinheiro, quatro anos depois, a mesma está na 49ª fase.

Pasmem os senhores, até o final de 2017, os valores analisados em operações financeiras rastreadas pela Lava Jato já chegava à bagatela de R$ 12,5 trilhões.

Nós, reles mortais na condição de brasileiros convictos, acreditávamos piamente que esse montante citado acima, era números finais, da canalhice desavergonhada de alguns políticos brasileiros, que usavam da boa fé de um povo pacato e ordeiro, para surrupiá-los, rouba-los, e por ai vai, ledo engano.

O buraco é mais em baixo, a facilidade e conivência de políticos, lobistas, acabaram de certa forma, induzindo empresas a se especializar em distribuir propina, lavar dinheiro, caixa dois e por ai vai, poderíamos até, chamar de crime organizado, tamanha é a estruturação organizacional e distribuição de atividades nessas células, chegando a criar, um departamento de propina.

A exemplo, o grupo OAS, que é um conglomerado brasileiro que atua em diversos países do mundo no ramo da Engenharia e Construção; executivos da OAS delataram pagamento de R$ 125 milhões de propina e caixa dois a 21 políticos de oito partidos.

Nessa farra exacerbada com dinheiro público, segundo delatores da OAS,  estes revelaram pagamentos milionários a Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Aécio Neves, José Serra e outros 17 políticos.

O mas interessante nesse processo envolvendo esses políticos e  empreiteiras, é que todos, através de suas acessórias jurídicas, consideram-se inocentes, tentam de todas as formas, atribuir esta acusação a outras pessoas; dizendo que os delatores, estariam fazendo acusações sem prova, que seriam ilações no sentido de livrar suas caras.

Será que um delator teria coragem de mentir perante um Juiz, sob pena de ter suas penas aumentadas, em função destas inverdades, ou criação de factoides, vamos pagar para ver.

Pare o mundo, quero descer!


Professor Licio Antonio Malheiros é geografo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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