Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Ressignificando a Educação Inclusiva

A ressignificação é o método utilizado na neurolinguística para fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo, nos remetendo a uma reflexão da  aprendizagem dos alunos com deficiência inovadora no processo de ensino, respeitando as diferenças  no ambiente escolar bem como a diversidade cultural humanista, democratizando,  e  percebendo  o educador como um ser aprendente e singular, tendo como foco central o desenvolvimento integral do aluno. Obviamente, para contextualizarmos essa nova dinâmica do ensino-aprendizagem com pessoas, que apresentam alguma limitação e deficiência de aprendizado; podendo as mesmas, apresentar diversas dificuldades, incluindo dificuldade de leitura, linguagem falada, escrita ou capacidade de raciocínio.  
 
 Nesse contexto, de inclusão educativa deve permear o ambiente familiar e, estender para a escola e sociedade, esta forma de ensino-aprendizagem, tornando-a mais prazeroso, dinâmico e significativo quando os recursos didáticos e as novas tecnologias de ensino acessíveis para a valorização das diferenças, o educacional deve proporcionar um espaço vivo, acolhedor, verdadeiramente inclusivo é preciso que as políticas educacionais sejam realmente pautadas na inclusão, que os educadores tenham um novo olhar combatendo a descrença e o preconceito, mostrando desta forma que a inclusão é um momento oportuno para que professores e  comunidade escolar possam demonstrar sua competência, humanização e amor, em busca da formação cidadã e democrática.
                                      
 A educação inclusiva passa por reformulação, adaptação e reorganização no sistema de ensino, percebemos uma crescente participação dos alunos especiais nas instituições de ensino regular. Esta por sua vez vem sofrendo reestruturação da cultura, da práxis e das políticas públicas vigentes na escola. A reconstrução do ensino regular se baseia neste novo paradigma educacional, respeitando a diversidade cultural e humanista, democratizando e percebendo o educando como ser aprendente e singular, tendo como foco central a promoção da aprendizagem e o desenvolvimento integral do aluno, levando em conta suas limitações.
A instituição escolar precisa redefinir sua base de estrutura organizacional destituindo-se de burocracias, reorganizando grades curriculares, proporcionando maior ênfase à formação humana dos professores, oferecendo a toda comunidade escolar formação contínua gratuita e estreitando a relação família e escola, contemplando dentro dos projetos da escola, ações integradoras entre educando, educadores e pais, propondo assim uma prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível, para atender esta nova realidade educacional.
A inclusão precisa primeiramente acontecer nas famílias. Sem esta aceitação fica difícil realizar um trabalho de socialização entre escola e família, vimos ao longo da história que muitas crianças “especiais” eram rejeitadas pelos pais e por toda a sociedade, é como se a família quisesse esconder sua deficiência.

O ensino inclusivo deve contemplar o respeito às deficiências e diferenças, reconhecer que todos somos diferentes, e que as escolas e os velhos paradigmas de educação precisam ser transformados para atender às necessidades individuais e coletivas de todos os educandos, tenham eles ou não algum tipo de necessidade especial. Se não nos detiver nesta nova visão educacional, não conseguiremos romper com velhos paradigmas e fazer a reviravolta que a inclusão propõe no ensino.

Portanto, a quebra de paradigma tem que acontecer de forma latente; não apenas nas instituições educacionais, que aportam e acolhem crianças com necessidades especiais, principalmente no seio de suas famílias, que tem o difícil papel de encarar essa situação de frente, acreditando que todas as crianças podem aprender, respeitando e reconhecendo as diferenças de idade, sexo, etnia, língua, deficiências ou inabilidades, e que o sistema metodológico atenda às necessidades de todas as crianças sejam elas especiais ou não.

As políticas públicas hoje estão atentas às mudanças que são necessárias a inclusão dos alunos especiais, mas estamos avançando em passos lentos por que não depende só do sistema governamental, a mudança vai além, os profissionais da educação devem abraçar esta bandeira e se empenhar para alcançar resultados satisfatórios.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo e Idevaldo do Carmo Pereira, é Pedagogo e interprete de língua de sinais (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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