Olhar Direto

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião

Um lugar

Diante do quadro de violência que tomou conta do nosso país, idealizamos sempre encontrar um lugar onde possamos viver com tranquilidade e paz. 

O número de vítimas fatais ocorridas pela violência urbana é equivalente, ou maior, do que o de muitos países em guerra. 

Impressionante as estatísticas de morte por arma de fogo.  Tornamo-nos prisioneiros desse terrorismo. 

Há pouco tempo, uma morte violenta em nossa cidade era comentada durante meses. Este ano, só na Grande Cuiabá, já tivemos quase quinhentos óbitos decorrentes da violência urbana. 

A maioria das desgraças acontece com jovens envolvidos com o tráfigo e com o consumo das drogas ilícitas produzidas em quantidades industriais pelos nossos vizinhos. 

São mortes inúteis, de inocentes. Mas, condizentes com o descaso de um país que não protege as suas fronteiras internacionais. 

Adultos embrutecidos não percebem a gravidade da situação por absoluta falta de sensibilidade e educação social. 

O mundo está violento. O Brasil faz parte da lista dos países mais violentos do planeta. Ocupa um triste lugar entre os vinte e cinco países que possuem a maior taxa de homicídios por ano. 

O povo está cansado, muito cansado e alarmado.  Não à toa que nossa imaginação insiste em voar para longe, para um lugar onde possamos viver em harmonia e sem sobressaltos.  

Viver de sonhos. Parece que nossa vida se tornou uma eterna utopia. Fazemos de conta que não pertencemos a esse mundo da violência e da desigualdade. 

Mas, na vida real, a sensação é de que navegamos sem rumo, onde nenhum vento nos é favorável. 

Há vontade até de se fazer um pacto com a solidão, na vã tentativa de se proteger da violência. 

“Nenhum tempo e nenhum lugar nos agrada como o tempo que não existe, e o lugar em que não estamos”. Marquês de Maricá. 

Gabriel Novis Neves
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