Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Opinião

Atentado à liberdade de imprensa

Quando parece já termo visto e assistido, a todo e qualquer tipo de intolerância e agressão, à liberdade de imprensa. Eis que no dia 7 de janeiro de 2015, uma quarta-feira sangrenta, ocasionada pelo atentado terrorista praticado à redação do jornal satírico Francês Charlie Hebdo, vitimando 12 pessoas inocentes, dentre as quais dois policiais e quatro cartunistas do jornal. Na verdade o alvo desses psicopatas não eram apenas as pessoas em questão, trata-se de uma retaliação sórdida e vergonhosa à liberdade de imprensa, usando desse artifício, torpe e vergonhoso a intimidação, através de ataques terroristas, na tentativa de calar a imprensa, usando como pano de fundo, a invocação de vingança do profeta Maomé, os atiradores no momento da carnificina,  gritavam e bradavam palavras de ordem, próprias de psicopatas que sofreram lavagem cerebral, para praticar tamanha sandice contra vidas humanas  inocentes,  durante o ataque, eles diziam e bradavam “Allahu akbar” (Deus é maior em árabe), será que Deus que é único e indivisível, apregoaria esse tipo de atitude, vergonhosa e nefasta, pelo simples fato de se tratar da Europa Ocidental, povos  desenvolvidos.
É triste quando a intolerância sobrepõe à racionalidade e conduta de valores, quando grupos extremistas se apoiam, em uma pseudo religião, para atacar e agredir, seus semelhantes, em nome do profeta Maomé, que de maneira alguma, compactuaria com tal sandice e loucura.

Temos que salientar, que a comunidade mulçumana, que pratica o Islamismo,  uma religião abraâmica monoteísta, articulada pelo Alcorão, um texto sagrado  considerado pelos seus seguidores como a palavra literal de Deus (Alá, em árabe), e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna, parte do hadith) de Maomé, considerado pelos fiéis, como o último profeta de Deus, que não  é o Deus.

Minorias extremistas do islamismo querem assim se denominar, e em nome desse fanatismo, provocam verdadeiros atentados insanos, imorais, irracionais, em nome de Alá.

A tentativa desses grupos radicais em calar a imprensa, com esse atentado inominável, contra a redação da revista Charlie Hebdo, que vitimou 12 pessoas inocentes, tendo como foco principal os cartunistas de renome internacional, morreram quatro deles, vamos nominá-los, Georges wolinski, conhecido pelo seu trabalho de forte teor erótico e político, Jean Cabut o “Cabu” editor da publicação, Stephane Chabonnier, o “Charb” e Tignous.

Entre os quatro citados, Georges Wolinski, fez escola em todo o mundo, servindo de referência para os cartunistas brasileiros, entre eles podemos citar: Ziraldo, Jaguar, Nani, Henfil, Fortuna entre outros,  Arnaldo Branco fez um comentário mais efusivo “Wolinski era meu favorito, até por aproximação por conta de seu desenho tosco, no caso do Francês que desenham muito bem”.

Em que pese toda barbárie praticada por esses extremistas radicais, atentando contra a vida de pessoas inocentes, mataram sim pessoa ilustres, competentes, sabias,  porém, jamais conseguirão matar  o desejo de externamos pensamentos e sentimentos, quer seja através  da escrita, como através das caricaturas que podem parecer  enigmáticas, mais que tem como  objetivo central o de retratar a realidade dos fatos, através de um desenho ou caricatura.

A comoção foi mundial, na verdade esse atentado nefasto, vergonhoso e imoral, atenta contra a liberdade de expressão, porém não conseguirá jamais calar os milhões de pessoas de bem que existe no planeta; que apregoam o bem, a sinceridade, a retidão de caráter e por ai vai. Nosso Estado à luz do planeta terra, somos apenas um grão de areia, porém fazemos a diferença, quando nossos cartunistas locais, escracham e satirizam pessoas que estão à margem da lei ou que cometeram alguma ilicitude, alguns dos nossos bons cartunistas, não sabemos por que, desapareceram dos sites de grande circulação, estes são os verdadeiros artistas.

Enquanto os cartunistas se armaram com lápis e canetas, os fanáticos extremistas se armaram de ódio, rancor e intolerância; as maiorias, pessoas de bem, que sempre usaram como arma, a capacidade de convencimento, através das caricaturas mostrando a realidade dos fatos,  sem a necessidade do uso   de armas letais, por certo, irão sobressair.

Pare o mundo, quero descer         

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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