Olhar Direto

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião

Presente de Grego

Passaram-se apenas 21 dias do mês de janeiro de 2015, para que a população brasileira fosse agraciada com um pacote de medidas de Governo: austeras, vergonhosas, imorais e improcedentes. A mais impactante e imoral, sem sombra de dúvidas é o aumento vergonhoso da conta de energia elétrica; segundo o Ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), este, diz com a maior naturalidade, que o aumento médio da energia elétrica este ano será “com certeza” menor que 40%, vamos esperar para ver. No bojo desses presentes literalmente de Grego, estão medidas impactantes no bolso do assalariado, que é quem,  realmente paga essa  conta altíssima, entre as quais, quatro delas são consideradas pontuais e são relativas: a cobrança de títulos em operações de créditos, combustível e importação.

Nosso país não é rico é riquíssimo, pasmem os senhores, até a última sexta-feira dia 16 de janeiro de 2015, nós brasileiros, já pagamos de impostos, a bagatela de R$ 100 bilhões, com a medição do impostômetro.    
Não iremos elencar todo presente que nos será repassado, vamos apenas, pegar aqueles que são considerados pontuais e, mais impactantes na economia,  para que, a população possa recebê-lo, e engoli-lo goela abaixo.

Um item que afeta de forma  decisiva o bolso do trabalhador, são os combustíveis. Quando digo isso, causa espanto, ao dizer são e não é; porque o preço da gasolina terá em breve um aumento de até R$ 0,22 e de R$ 0,15 no diesel.

O aumento de R$ 0,15 do diesel por litro, vai elevar também do óleo que abastece termoelétricas da região  norte do país, esse custo com a compra de combustível para as térmicas é subsidiado, ou seja, parte dele é dividida entre todos os consumidores do país, por meio de uma contribuição que incide sobre a tarifa de eletricidade, viu a complexidade da coisa; tudo acontece em efeito cascata.

Outro ponto nevrálgico diz respeito à cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF), que vinha sendo mantido desde 2011, com uma alíquota de 1,5%, agora, a mesma será dobrada e passará para 3% ao ano; com essa medida o governo espera arrecadar 20 bilhões adicionais.

Outras medidas, aumento da alíquota do e PIS/Cofins sobre a importação, de 9,25% para 11,75%, esta medida foi acertada, com a tentativa de barrar a entrada exacerbada de produtos importados, desta forma fortalecendo o mercado interno, esta medida talvez atinja,  a classe media alta.

Finalmente, a última medida envolvendo a tributação do setor de cosméticos: os atacadistas passarão a pagar (IPI) Imposto Sobre Produtos Industrializados, igual aos industriais, isso irá gerar um desaquecimento no setor.
O grande paradoxo desse Governo está justamente na falta de políticas públicas que visem realmente cortar o mal pela raiz. Não se viu ou ouviu, em momento algum, a nossa Presidenta dizer, que irá cortar gastos de Governo, fazendo enxugamento na maquina pública: reduzindo Ministérios, diminuindo mordomias palacianas, corrigindo possíveis sangrias do dinheiro público ou coisa que o valha, tomando medidas austeras de contenção de gastos. É mais fácil repassar esse déficit para o trabalhador, que tem seus impostos retidos na fonte, ou se veem obrigados, a pagar tarifas exorbitantes, para manter os serviços essenciais aos mesmos.

O Governo prevê com esses reajustes tarifários, impostos cobrados pelo trabalhador, acumular um superávit de R$ 20 bilhões; e  que no final das contas, espera-se  arrecadar, com essas medidas austeras adotadas, um superávit acumulado de R$ 40 bilhões.

Pare o mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)  
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