Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Depuração

Foram empossados no dia 1º de fevereiro de 2015, os  deputados   estaduais da 18ª legislatura da Assembleia Legislativa (AL) de Mato Grosso, do total, 11 parlamentares  são novos, representando  uma renovação de 45,8%. Após, cerimônia de posse, teve início à votação da Mesa Diretora, biênio 2015/2016, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), foi eleito,  novo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, obtendo 23 dos 24 votos, no parlamento estadual, Maluf é médico e empresário, está em seu terceiro  mandato, como deputado estadual na ALMT. A eleição de Maluf (PSDB) representa a volta de um cuiabano, á frente da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, após 26 anos; tendo em vista que, o último cuiabano a ocupar a presidência foi Roberto França, no período de 1988/1989, portanto, este feito representa a retomada, de um espaço de destaque que vinha sendo ocupado por pessoas oriundas  de outros Estados.
 
 O processo que antecedeu a posse dos deputados, e concomitantemente, com a votação da Mesa Diretora, acabou na verdade gerando uma grande instabilidade aos postulantes à mesma, desta e daquela chapa, que praticamente entraram em rota de colisão, no bom sentido é claro, pois cada qual via em sua chapa a possibilidade de vitória, e assim foi até o último instante.
 
Não vamos entrar no mérito, de como o processo que antecedeu a votação da Mesa Diretora aconteceu, até porque, não temos conhecimento de causa e efeito da mesma,  como aconteceram às aglutinações e articulações, com nomes e, chapas propostas que foram colocadas num primeiro momento.
 
 
Uma das chapas tinha como candidato a Presidente Emanuel Pinheiro (PR) e como primeiro-secretário José Eduardo Botelho (PSB), e uma segunda chapa, encabeçada pelo candidato à presidente Guilherme Maluf (PSDB), tendo como primeiro-secretário naquele momento o deputado Mauro Savi (PR).
 
 
Todos sabem que eleição de  Mesa Diretora é igual à nuvem, muda de lugar a qualquer momento, bastou o deputado José Eduardo Botelho (PSB), abrir mão da primeira-secretaria da chapa Emanuel Pinheiro (PR); para que o quadro tivesse uma reviravolta abrupta, do ponto de vista de composição, surgindo assim  o nome do deputado  Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), entrando como candidato a primeiro-secretário na chapa encabeçada por  Guilherme Maluf (PSDB), no lugar de Mauro Savi (PR).
 
 
A chapa encabeçada por  Guilherme Maluf (PSDB), tendo como primeiro-secretário Nininho, foi vitoriosa, obtendo 23 dos 24 votos do parlamento estadual, e apenas um voto em branco, vitória inconteste;  para nós é uma alegria, porque, esta nova Mesa Diretora, acaba na verdade, quebrando uma dobradinha que parecia não tem fim, de biênio a biênio, eram sempre, as mesmas figurinhas carimbadas, como se a nossa casa de leis fosse, uma propriedade privada, vou mais além, como, se ela fosse regida por  um sistema feudal.
 
A vitória da Mesa Diretora, acaba na verdade quebrando paradigmas, reconduzindo a esta casa de leis, um cuiabano; a mesma ficou por 26 anos, sendo ocupada por pessoas de outros Estados, e que muito contribuíram, porém faltava a cuiabania ocupar esse lugar  de destaque. Apesar de cuiabano, não conheço bem o Guilherme Maluf (PSDB), em contrapartida,  há pouco tempo, conheci o deputado Ondanir Bortolini (PR), o Nininho, uma pessoa afável, de uma simplicidade de dar inveja a qualquer um, o pouco que conversei com ele, pude sentir, se tratar de uma pessoa que vê o dinheiro público como algo inalienável, portanto, tem que ser alocado, para projetos e programas que contemplem a população como um todo, esperamos, que esta postura seja posta em prática e, que a nossa casa de leis tenha uma nova visão de administração e, seja vista com bons olhos pela população.
 
Este processo de depuração é um ponto positivo, haja vista que, o novo presidente, logo que assumiu sua cadeira, em seu primeiro dia de trabalho,  já tomou medidas, que  num primeiro momento  podem parecer impopulistas, mais que tem um efeito sintomático, entre eles estão: suspender, por um prazo de 40 dias, os pagamentos de todos os contratos em vigência no Poder, fazendo uma auditagem nas mesmas, para que se tenha uma radiografia de como estão esses contratos firmados na gestão anterior, além de redução  de despesas, demissão de cerca de 200 funcionários comissionados, isso, são medidas de praxe, para que se tenha ideia, de como estão às contras daquele Poder; saber, se seu antigo gestor, deixou mesmo superávit ou restos a pagar.
 
 Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
 
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