Dessa maneira carinhosa costumo chamar as professoras da ampla base da pirâmide do nosso sistema de ensino, principalmente aquelas responsáveis pela alfabetização das crianças.
Delas pouco se fala, e a atenção a elas dispensada é quase nula na sua valorização, aperfeiçoamento e respeitos profissional e humano.
São verdadeiras educadoras, despojadas, dedicadas, autênticas heroínas anônimas, desempenhando na sociedade um papel dos mais relevantes - que é retirar das trevas da ignorância milhares de crianças, futuro de uma nação.
É uma arte conseguir fazer uma criança escrever e ler, assim como é um desafio aprender.
O papel da nossa “professorinha” é fundamental no despertar da curiosidade infantil para a motivação aos primeiros conhecimentos.
Em país burocrático de falsos valores acadêmicos, essas verdadeiras benfeitoras são totalmente abandonadas pelos responsáveis pelo poder.
Não à toa nossa educação caminha tão mal avaliada, apesar de termos aumentado o número de professores com graduação e pós-graduação na rede pública de ensino.
Incentivos ao ensino fundamental, especialmente nos quatro primeiros anos, seria o correto para melhorar a nossa desqualificada educação, quando comparada aos países mais desenvolvidos.
Alguma valorização salarial existe apenas aos professores do topo da pirâmide acoplados ao ensino superior.
Esquecemo-nos da nossa defesa e a tragédia dos 7X1 nos perseguirá diante de países como a Alemanha, onde crianças analfabetas não existem e o ensino superior propicia pesquisas e inovações tecnológicas.
Por essa distorção de não agregar profissionalmente nossas “professorinhas” ao esforço nacional de transformação desta nação, colhemos o produto dessa visão equivocada, que é o analfabeto profissional, atingindo os três níveis do nosso ensino.
Vamos valorizar as nossas “professorinhas” para evitar a sua extinção dando-lhes melhores condições de trabalho?
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