Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Pedro Taques no Jardim do Éden

Luiz Antônio Alves / Câmara de Cuiabá



              Em meus tempos de adolescência, nunca fui do tipo namorador, porém me sentia tremendamente lisonjeado quando alguma garota me olhava de maneira diferente. Sabe aquela sensação de ser seduzido? Sim, cada um de nós já passou por esta fase em algum momento de nossas vidas. Sentir-se amado, nos traz uma sensação estonteante e eufórica. Você se sente notado, desejado, valorizado. Tudo isto seria muito bom se fosse sempre verdadeiro. E quando somos levados a acreditar nas investidas da paquera, mas que no fundo nos remeterá para o abismo da ilusão? Ahhh, a sensação será dolorosa. Não será nada agradável sentir-se enganado, iludido ou ludibriado. As promessas eternas quando caem por terra, podem nos arremessar para o mar e sermos submersos ao fundo. 

         Em busca da promessa eterna, às vezes somos levados a fazer escolhas. As escolhas nem sempre serão positivas. Apropriando-me da parábola do fruto do conhecimento do bem e do mal, você se lembra da escolha feita por Eva no Jardim do Éden? Segundo relatos da história judaico - cristã, a primeira arte da sedução ocorreu no Jardim do Éden. Os autores desta história eram três: Adão, Eva e a Serpente. A serpente era o animal propício para ser o protagonista da história. A serpente não possuía mãos. Assim, este animal não poderia entregar o objeto proibido á Eva, mas sim utilizar-se de suas artimanhas e inteligência para seduzi-la á praticar a referida ação por conta própria, ou seja, dando-lhe total autonomia.

           Neste imaginário, iremos nos remeter a cena desta teatralização. A Serpente lançando mão de sua arte de sedução convida Eva para uma nova etapa: “Eva, porque não comer do fruto? Seus olhos irão abrir!” O que isto significava para Eva? Significava que através de suas escolhas, ela iria alcançar seu status de plenitude e experiência, sendo remetida para uma posição superior a qual a mesma se encontrava. Totalmente seduzida pela proposta e ludibriada pela promessa de que daria um salto em sua atuação condição de vida, Eva não resistiu e caiu no canto da sereia, melhor dizendo, no canto da serpente ou conto do vigário. O resultado todos nós já sabemos, Adão e Eva foram expulsos do paraíso. 

          O governador Pedro Taques está neste momento sentindo a sensação de ser desejado por vários partidos. Em meio a tanto assédio, várias propostas são proferidas. São as “promessas e juras eternas”. “Venha para cá”! ou “Aqui é seu lugar”. Nesta fase, a diversidade se unifica e tudo são flores. Será mesmo? Antes de tudo é preciso lembrar que em toda família sempre há brigas com seus irmãos. O modelo de família dos comerciais de margarina é uma lenda. Quem nunca brigou com um de seus irmãos? O pior de tudo, é que ás vezes estamos brigados com nosso irmão e ele nem sabe! Fatos e coisas insignificantes que acabam caindo na indiferença. Imagine...
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               Você gosta de renovar-se? Eu também gosto! Mas para isto, precisamos aprender com o voo da águia. Na metade dos anos de sua vida, a águia necessariamente terá que decidir o seu destino. Com as assas cansadas, velhas e pesadas, o bico já se curvando para o peito, e suas unhas já não mais pontiagudas, a águia precisa subir ao monte e aguardar. Neste processo de amadurecimento e de sábias escolhas, águia se refugia por 150 dias em total exilio. Neste estágio, seu bico cai e outro nasce. O novo bico lhe arrancará as velhas unhas, novas garras lhe surgiram posteriormente. Com as garras novinhas, ela arrancará as velhas penas. Agora só será preciso esperar que as novas penas nasçam. Só depois deste exilio e sábias escolhas, a águia voltará a voar, mas desta vez, a altura será bem mais alta que antes. Seu novo voo lhe trará a verdadeira renovação!
        
         *Paulinho Brother é Cuiabano, Servidor Público do TCE/MT e Suplente de Vereador pelo partido de Brizola (PDT)
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