A abreviatura da chamada em questão refere-se ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sistema de metro de superfície, que seria utilizado como alternativa para melhorar a mobilidade urbana, na capital, principalmente no período da Copa do Mundo FIFA 2014, obra, estimada num primeiro momento em 1,4 bilhões de reais. O verbo seria, foi utilizado na forma correta, segundo fontes que investigam a referida obra, 1 bilhões, já teria sido pago, com a conclusão de apenas 30% da obra, de forma precária, com falhas estruturais gritantes, por falta de projetos e, por ai vai. Agora, que o ladrão já arrombou a casa, vamos trocar a fechadura reforçar a porta, para evitar novos roubos, de que forma, criando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a utilização de verbas públicas, como aconteceu na obra do VLT, que deveria ser nossa redenção e acabou se tornando, vergonha nacional.
Infelizmente em nosso país, ainda, o rabo abana o cachorro; às vezes, nós que somos leigos, ficamos sem entender algumas dinâmicas de Governo, principalmente no que se refere à utilização de dinheiro público, como a utilizada, na obra da construção parcial do VLT.
O que causa maior perplexidade e espanto é o estado de inércia, de alguns órgãos fiscalizadores, que deveriam detectar os problemas, através de um acompanhamento pari passu dessas obras e, em se confirmando tais irregularidades, punir exemplarmente o consórcio responsável pela construção do VLT, ou quem quer que seja.
Os órgãos a que me refiro são: Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral do Estado, CREA e a Caixa Econômica Federal (CEF), só agora, vem dizer que ocorreram irregularidade nas obras, depois que a nossa cidade, ficou parecendo, um grande garimpo na área central, em função das crateras deixadas por esse consórcio.
A transição de Governo, obrigou o governador Pedro Taques (PDT), a tomar medidas cautelares, com relação às obras de mobilidade urbana, implementada de forma desastrosa e vergonhosa por seu antecessor, desta forma salvaguardando a sua governabilidade.
A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as irregularidades e possíveis desvio de dinheiro público, na execução da obra do VLT.
Tendo como presidente da CPI do VLT, Oscar Bezerra (PSB), em sua fala “No início, queremos ouvi-los sobre o que já foi apurado em relação às obras e depois, na outra fase dos trabalhos, podem ser cobrados sobre o motivo pelo qual deixaram que as obras continuassem mesmo com irregularidades”. Caro presidente da CPI, isso será tão fácil, como explicar batom na cueca.
Pare o mundo, quero descer!
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)