Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

Financiamento do SUS

Sempre escrevi que os dois grandes problemas para o deficiente funcionamento do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) eram a falta de financiamento público e a politicagem na gestão. 

O poder público, para justificar o injustificável, defende a tese única da má gestão, ignorando a falta de recursos humanos qualificados, insumos e espaços físicos adequados. 

Em 2014 o governo federal deixou de executar cerca de dez bilhões de reais previstos no orçamento, e em janeiro anunciou cortes nas contas de 2015. 

Mais da metade do dinheiro não utilizado deveria ser investido em obras e equipamentos para unidades da rede pública. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMSrevelam que, historicamente, entre os países com sistema universal de saúde, o Brasil aparece com o menor percentual de participação do setor público na despesa per capita no referido item. 

Ocupamos, mesmo sendo a sétima economia do mundo, uma colocação abaixo da Argentina, da Austrália, da Espanha, da Suécia, do Reino Unido, de Cuba, do Canadá, da Alemanha e da França. 

Essa situação revela a fragilidade da gestão em todos os níveis (federal, estadual e municipal), que se mostra despreparada para usar o que está no orçamento. 

O governo federal implantou a ditadura da tesoura. Os efeitos à nossa população percebem-se no atendimento médico que lhe é oferecido, onde doentes brigam até por vaga em maca de corredor hospitalar. 

A pedalada fiscal provocou atrasos na liberação de recursos federais e desencadeou crises nos hospitais conveniados, especialmente nos filantrópicos. 

As Santas Casas foram atingidas gravemente para manter suas portas abertas, pois que, em cerca de mil municípios brasileiros, são as únicas instituições a oferecerem leitos públicos. 

Realmente saúde pública não é prioridade nacional! 

Gabriel Novis Neves
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