Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Falta um líder

Ainda há pouco o Brasil era um país rural, não industrializado, dependente economicamente dos países mais desenvolvidos. 

Enfrentávamos sérios problemas nas áreas da educação, saúde, habitação, mobilidade urbana e obras de infraestrutura. 

Estávamos em um momento de euforia na década de cinquenta com a industrialização de Vargas e o otimismo do Juscelino quando, em 1958, conquistamos o primeiro título mundial de futebol na Suécia. 
De lá para cá, o futebol serviu de cortina para esconder todas as nossas insuficiências e inflacionar a nossa autoestima. 

Éramos os melhores do mundo nesta arte. Nada se comparava às habilidades dos nossos craques. 
Esquecemos todas as nossas dificuldades e começamos a criar reis e príncipes no futebol. 
A nossa autoestima aumentou quatro anos após no Chile - repetimos o sucesso da Suécia. 
Éramos bicampeões do mundo em futebol! 

Nossa cultura ficou toda na ponta das chuteiras! Encerrando esse ciclo em 1970 com a conquista do tricampeonato no México. 

O Brasil tornou-se conhecido no mundo como o país do futebol, das mulatas e do carnaval. 
Nos últimos quarenta e cinco anos, mais dois títulos mundiais foram acrescentados com as vitórias nos Estados Unidos e na Coréia do Sul. 

Desde então acumulamos uma série de derrotas vexatórias, culminando com os 7X1 para a Alemanha na Copa de 2014, aqui mesmo no Brasil. 

Agora, no Chile, em campanha irreconhecível, não chegamos nem às quartas de final. 

Perdemos a hegemonia no futebol e não avançamos em outros setores, como educação, ciência e tecnologia. 
No momento enfrentamos a maior crise ética da nossa história, com uma economia enfraquecida e o crescimento nacional paralisado. 

O pior é que não temos mais o amuleto do futebol para nos sustentar diante dos obstáculos administrativos que assolam este país. 

Resta-nos a violência, criminalidade, corrupção e toda sorte de problemas sociais. 

Precisamos de um líder para nos tirar do fundo deste poço de humilhação e nos conduzir a uma nação desenvolvida, igualitária e plural.

Gabriel Novis Neves
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