Olhar Direto

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião

Anarquismo!

Felizmente, o Brasil é um país sério, com instituições fortes; na tentativa de salvaguardar a Soberania Nacional, evitando assim, a tentativa  exacerbada de alguns, que querem por tudo,  institucionalizar o  golpismo e anarquismo, em nosso país. Algumas situações tem que ser aventadas, desde que se desencadeou a Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, que investigava um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras do país e políticos, que a coisa desandou. O  primeiro a ser preso, foi o doleiro Alberto Youssef, que foi vendedor de pastel e contrabandista de eletrônicos do Paraguai  antes de ser doleiro. Depois, foi preso também, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, este resolveu colaborar com a Justiça e fez um acordo de delação premiada. Segundo ele, as fraudes nos contratos da Petrobras ocorriam para favorecer partidos políticos, isto é ponto pacífico.

A delação premiada, na legislação brasileira é um benefício legal concedido a um criminoso delator que aceite colaborar na investigação ou entregar seus companheiros, até ai tudo bem.

Agora, um homem com uma carreira de contravenção, nefasta, sórdida, como a do senhor Alberto Youssef é preocupante.  O mesmo iniciou sua carreira delituosa, com pequenas ações, atravessando a Ponte da Amizade (que liga Foz do Iguaçu a Ciudad Del Este, no Paraguai), na década de 80 para contrabandear: uísque e aparelhos de videocassete.

Dando continuidade a sua belíssima carreia criminosa, em 2000, foi preso a pedido do Ministério Público de Londrina acusado de lavar dinheiro no escândalo Ama/Comlurb. Na ocasião, o Ministério Público descobriu um esquema de desvios de recursos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Ama) operado por ele. O esquema só foi descoberto porque o doleiro movimentava uma quantidade enorme  de dinheiro nas 30 contas abertas no Banestado. Foi preso, por lavagem de dinheiro com um montante de R$ 120 mil, ele movimentava diariamente as 30 contas; sendo citados também, Diretores do banco em questão.

A capacidade de lavar grandes quantidades de dinheiro fez com que o mesmo fosse contratado para operar esquemas corruptos, dentro da administração pública. Com esse credenciamento, agora em lesar instituições públicas, o mesmo em 2001 foi preso novamente, por formação de quadrilha por participar de um esquema de desvio de fundos em Maringá.

Com o aprendizado adquirido nesse período, ele se sente preparado para alçar maiores vôos, podendo agora,  lesar instituições estaduais, que evolução desse senhor, culminando em 2002, com uma nova prisão, a pedido do Ministério Público do Estado do Paraná, na operação que descobriu desvios de R$ 104 milhões  da Copel, a empresa de energia do Estado.

O encontro de Youssef com o juiz Sérgio Mouro aconteceu pela primeira vez, em 2004 quando Mouro foi responsável pela ação penal do caso conhecido como Banestado. Na ação, o mesmo foi acusado de lavar R$ 830 milhões por m meio de contas CC-5, que enviavam dinheiro para o exterior. Somente nesse momento que ele obteve uma pena mais dura 7 anos de prisão. Por ser expert em delação premiada, o mesmo se prestou a esse papel, em função disso, teve sua pena reduzida, ele ficou detido por um ano e meio.

Agora, se sentindo  verdadeiro Doutor em lavagem de dinheiro público, Youssef volta a operar no mercado negro do dinheiro, segundo fontes, passa a atuar como sócio de José Janene, deputado federal pelo PP (in memoriam), a partir daí, o mesmo passa a alçar vôos mais altos.

Neste momento, o mesmo se infiltra agora, na esfera Federal, através de Janene, usado como, elo entre as atividades do doleiro e o esquema de corrupção dentro da Petrobras. Na verdade acabamos criando um verdadeiro monstro, em função da fragilidade das nossas leis, e pelas benesses oferecidas a contraventores.
Um cara com uma capivara desse tamanho tinha que ser cortado, no inicio de suas atividades delituosas. Agora, ele usa mais uma vez dessa prerrogativa constitucional, a delação premiada, e poderá ser posto em liberdade em curto período de tempo.

Pare o  mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
  
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