Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

“Queda livre”

O Brasil vive uma de suas piores crises institucionais, sobrevivemos à duras penas, por conta, do patriotismo e vontade exacerbada dos brasileiros em manter a nação nos trilhos. O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente da república, é chefe de governo e chefe de Estado, na condição de chefe de Estado é ele quem escolhe os chefes dos grandes departamentos ou ministérios.

Agora, para que as coisas aconteçam, o presidente tem que governar com popularidade, e aceitação  da maioria, coisa que o governo Dilma Rousseff, infelizmente, não vem conseguindo alcançar, tanto é verdade, que a avaliação do seu governo, vem caindo em queda livre. A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu para 7,7%, segundo a 128ª Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA). A avaliação negativa passou de 64,8% em março, para 70,9% no levantamento feito entre os dias 12 e 16 de julho.

O grande paradoxo envolvendo essa questão nebulosa que assola nosso país é a falta de vergonha e coerência, por parte de alguns poderes constituídos, que, mesmo sabendo da crise institucional e financeira pela qual passa o país, ainda assim, tentam legislar em causa própria.

Reporto-me ao Supremo Tribunal Federal (STF), que aprovou em sessão administrativa, num passado não muito distante, proposta de aumento dos próprios salários.

Isto tudo, dentro da legalidade, de acordo com os projetos de lei 7917/14, do STF, e 7918/14, do Ministério Público da União (MPU), os salários dos ministros do Supremo e do procurador-geral da República, seriam majorados de R$ 29.462,25 (2014) para 33.763,00 para ser mais exato, a partir de janeiro de 2015.

Esta semana o congresso aprovou a proposta de aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros da Corte, seus salários, são usados como teto  salarial do funcionalismo público. O rombo seria bem maior, pois em efeito cascata, os demais poderes também seriam beneficiados; o estrago seria astronômico.

Felizmente a presidente Dilma Rousseff, vetou essa sandice, na última terça-feira (21), quem informou  a tomada de decisão da presidente,  foi nada mais nada menos, que a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF). O veto ao projeto deverá ser publicado na edição desta quarta-feira (22) no “Diário Oficial da União”.
Ás vezes poderes constituídos, de forma anacrônica, acabam se esquecendo da realidade dos fatos; de que  o país está à beira de um abismo, e que  a realidade salarial, está a quem das necessidades básicas de todos os  trabalhadores. E não apenas, aos ministros da Corte, que são seres humanos iguais a nós, temos que quebrar esse paradigma e, colocá-los nas mesmas condições de um trabalhador qualquer.

Portanto, vamos refrescar a memória desses senhores, o salário mínimo vigente em nosso país é de R$ 788. Pensem senhores: ministros, juízes desembargadores, como um trabalhador comum vive, ou melhor, sobrevive, com um salário dessa monta. O momento é de crise para todos, e não para alguns, posso até sofrer sanções,  em estar externando meus sentimentos e pensamentos acerca deste tema tão polêmico e sintomático, porém, me nego aceitar tal situação.

Pare o mundo, quero descer!!!!!!!!!!!!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiro@yahoo.com.br)
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