Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Opinião

Dois anos após, como está o legado da Copa?

O que era para ser um sonho se transformou numa triste realidade. O pesadelo está cravado nas principais ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande. A ferida ainda não cicatrizou. Está aberta. Exposta ao céu e largada ao léu, sangra, dói e insulta milhares de cidadãos há exatos quatro anos. E o pior de tudo é que não há uma previsão real de quando esta hemorragia será estancada. Para isso, só depende da vontade política do atual Governo de Mato Grosso, que ainda não deu conta de apresentar uma solução concreta para o problema.

Dois anos após da realização do primeiro jogo do Mundial de Futebol em nossa Capital, infelizmente não temos muito que comemorar. O tal propagado legado, na verdade deixou uma herança para toda sociedade. Precisamos debater os efeitos da Copa. É triste ver que, ao findar de mais um ciclo, o itinerário continua o mesmo. Enquanto nosso Veiculo Leve Sobre Trilhos (VLT) continua sem destino, no Rio de Janeiro ele liga diversos bairros da Zona Sul e transporta milhares de pessoas diariamente. O detalhe é que o de lá começou a ser construído em novembro de 2014.   

Pensando nisso, trabalhei para criar a ‘Frente Parlamentar Pro-VLT’, cuja intenção é viabilizar a retomada e conclusão das obras, que já custaram mais de R$ 1,06 bilhão aos bolsos dos mato-grossenses. Meu objetivo é dar celeridade, acompanhar e auxiliar o Governo. Por meio deste instrumento político, ouvimos a sociedade, empresários, prefeituras, Governo e Consórcio responsável pela obra. E após um amplo debate, a solução para acabar com esta inércia é uma ação de obrigação de fazer que ingressarei na Justiça, nos próximos dias. Queremos quebrar essa monotonia. Já se foram 18 cômodos meses da gestão atual. Vamos esperar por mais quanto tempo?

Sobretudo, é preciso lembrar que não se trata apenas da conclusão do modal. Queremos ver as obras que estão muito mais avançadas ficarem prontas, como as trincheiras e os Centros Oficiais de Treinamentos (COTs) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Mirante do Pari. Afinal, até mesmo essas mais adiantadas ainda seguem inacabadas. Faltam apenas 3% para concluir as obras da Arena Pantanal. Mas nem isso está sendo executado. As populações de ambas as cidades exigem respeito. E em nome delas conclamo este Governo para mostrar a quê veio.         
          
Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo PMDB de Mato Grosso
 
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