Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Visão maniqueísta


Em nosso país, quer queira quer não, somos involuntariamente acometidos por uma visão maniqueísta, engendrada, desde o nosso processo de colonização; momento em que, os portugueses aqui chegaram em 22 de abril de 1500. Esta visão maniqueísta perdura até os dias atuais,  tendo como premissa básica a ideia baseada em uma doutrina religiosa que afirma existir um dualismo entre dois princípios opostos, normalmente o bem e o mal. Bastou comentar qualquer assunto, para  sermos julgados através de uma visão maniqueísta.

Recentemente um dos grandes analistas políticos do nosso Estado, Onofre Ribeiro, teceu comentários a respeito da nossa egressa Casa de Leis a Câmara Municipal de Cuiabá.

 Externando, pensamentos e  sentimentos  de foro íntimo, a despeito do papel singular a qual a mesma deveria exercer; que é o de legislar em favor dos munícipes e pelos munícipes, esquecendo um pouco, o favorecimento de seus pares.   

A imprensa tem que ser livre e soberana, a menor possibilidade de existência de impetração de qualquer tipo de ação contra profissionais da mesma, tem que haver muita consistência.

Seja ela de forma direta, ou de forma velada, como comumente acontecem, como forma de intimidação; ações intempestivas como essas acabam na verdade colocando em risco, a liberdade de imprensa, vamos pegar o gancho de Ayres Brito ao diz "A liberdade de imprensa é irmã siamesa da democracia".

O mesmo analista político sai em sua  defesa, redigindo um texto com o seguinte título "Se cada crítica virar processo, não sobra tempo para trabalhar" isto é algo inconteste, porém o foco principal não está no texto propriamente dito, que é uma réplica de tudo aquilo que escrevemos diariamente, e sim, na grande manifestação popular de  apoio inconteste ao mesmo, ao opinarem a seu favor, como forma de avaliação positiva de suas palavras ditas anteriormente.

Desse episódio, tira-se uma grande lição, a voz do povo é a voz de Deus. Não pensem os senhores, que a abnegação do aumento de 23% proposto pela mesa diretora anterior, que elevaria os salários dos vereadores de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil, aceito a duras penas pela legislatura atual, foi de pleno gosto.
Isto se deu, em função da grande manifestação popular, e pelo trabalho hercúleo da imprensa cuiabana e mato-grossense, que bateu duro com relação a essa questão no mínimo vergonhosa.

Pare o mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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