Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

O que está acontecendo com os Homens?

Tenho amigas e pacientes solteiras. Mulheres agradáveis, donas de si, bem humoradas, bonitas, com diploma, ou sem, mas, com carreira, com seus carros, dispostas a conhecer pessoas que somem a isso e desejam construir uma vida junto com alguém. E relatam a dificuldade de simplesmente encontrar um cara disposto a construir como casal.

A cultura exerce uma forte influencia sobre a decisão das pessoas. O meio influencia completamente a visão que as pessoas tem de si e do mundo.

Qual é a "onda"? A onda é uma cultura sertanejo-univesitárista funkeada que diz que o cara tem que ser pegador, que bom é ser solteiro, é farra, pinga e foguete. Menos o Jorge & Mateus, que sossegaram. Que casar ou namorar é sofrimento, é peso, é problema.

A cultura da ilusão que ser solteiro é ser feliz.

O culto ao corpo, à boa forma, não como busca de saúde, mas como único meio e possibilidade de ser aceito. Ou mesmo, ter muitas opções sexuais. Faz com que as pessoas vão se descartando sempre que descobrem no outro algo que reprovam. Algo que não está na lista do que seria perfeito em uma namoro/casamento. Status se transformou em quesito número um. Tem carreira, mas, não é malhada. Tem carro, mas não tem carreira. É bonita, mas é ciumenta. É simpática, mas é insegura.

Há uma infantilização generalizada na cultura masculina. Há uma medo desesperado de crescer. Uma síndrome de Peter-pan como uma histeria coletiva. Atuando na música e na cultura de modo geral, exercendo um controle sobre a decisão das pessoas.

Aí, você vai conversar e descobre que está todo mundo reclamando das mesmas coisas. Falta de afeto, amor e continuidade.

Isso não será possível enquanto cultivar a sensação que sempre há "algo melhor" na próxima. Ou que o "perfeito" existe.

Um relacionamento é construído com contrato de disposição. Duas pessoas que decidem aprender genuinamente sobre a vida da outra. Aprender, lapidar e investir em mudanças. Fazer o outro feliz. Trocar de pessoas, pular de relacionamento fulgaz a outro, só faz com que não cresça. E cria-se feridas emocionais cada vez mais profundas. - Psicólogo Douglas Amorim 


Douglas Amorim é psicólogo cognitivo comportamental. Atende em Cuiabá crianças, adolescentes e adultos. Faz palestras e treinamentos corporativos e posta frases e pensamentos em seu perfil no instagram www.instagram.com/umpsicologoemcuiaba 065 9 9293 9445
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