Olhar Direto

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião

A geração que pode perder todos os direitos

TODOS os caminhos apontam para ataques contra o Serviço Público, contra os SERVIDORES E SUAS REPRESENTAÇÕES CLASSISTAS.

Sejam os projetos aprovados como a PEC 241(EC 95/17), o PLC 257 que, como não saiu a contento dos Governadores com ataques aos direitos dos servidores (suspensão de progressões, RGA, suspensão de concursos etc) tem nova versão no congresso, agora no PLC 343.

Temos agora a PEC da Previdência (previdência ou morte), a "reforma trabalhista" (leia-se, retirada de direitos e diminuição de custos para os empresários) o projeto de terceirização indiscriminada (que vai atingir a fundo o serviço público), uma vez que no projeto anterior que era o PL 4330/15 nós, com muita luta, conseguimos retirar pontos que possibilitavam as terceirizações nos setores públicos etc.

 Participei dessa luta em Brasília também. Mas derrotado aquele projeto, vieram com um que já havia sido sepultado lá no Governo FHC, pior, bem pior que o anterior.

Sei que tramita a PEC da Lei de Greve criada pelo ALOÍSIO NUNES DO PSDB que é mais uma LEI ANTI GREVE, que nos impossibilita praticamente o exercício  ao direito de nos mobilizar e resistir frente as injustiças patronais, como prevê a Convenção 151 da OIT.

Sei que querem acabar com o Imposto Sindical, o que enfraqueceria e praticamente sepultaria as CENTRAIS SINDICAIS e Confederações QUE TEM NELE SUA ÚNICA FONTE DE RENDA e estrutura para financiar nossas lutas nacionais, como a que ora vemos contra a PEC da Previdência.

Basta imaginar os altíssimos custos de propaganda, material impresso, mobilização e tudo que envolve uma luta desse tamanho e abrangência. Tudo que envolve cursos e seminários que sempre participei e onde mais aprendi sobre movimento sindical. Por isso sempre afirmei, sindicalismo não é terra de amadores.

Hoje ando triste, as vezes sem estímulo e cansado diante de tanta pauta de retrocesso. Nunca imaginei que minha geração fosse viver algo tão drástico e medonho, e o pior, com apoio de parcela da população da classe baixa e média  que mal sabe o que está apoiando, pois são levados por matérias de grandes redes de televisão com seus interesses corporativos ou memes de mídias sociais, estrategicamente produzidos para induzir a cabeça do brasileiro médio e sem leitura.

Cabe a nós RESISTIR, pois, senão, a classe política mais imoral, mais corrupta que nossa geração já vivenciou no poder, pode conseguir atingir TODOS os seus objetivos de uma só vez, coisa que não conseguiram em décadas de resistência e organização da classe trabalhadora, e tudo por que fomos induzidos a uma ruptura constitucional, projetada na medida dos desejos e desígnios do capital financeiro internacional e do grande empresariado Brasileiro aliado ao que há de pior na classe política, os venais da república.

Perdemos os grandes políticos nacionalistas e demos vazão aos entreguistas. Onde chegaremos assim?

*Antônio Wagner Oliveira é coordenador Geral da CSB MT e Dir. Jurídico do SINPAIG MT, Analista Jurídico da SEGES.

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