Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

​Politica Ciência e Caráter

O Estado de Mato Grosso, poderoso economicamente com seus três biomas e detentor de produtos naturais (MIRANDA, 2014), somente criaram-se a Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, na década de 70, após muita luta de um grupo de filhos de trabalhadores do estado, e, também anônimos, mas, com “mentes” criativas para um mundo dos iguais, estes se unindo a cidadãos que aqui se aportaram estruturados politicamente e socialmente, assim com visão de outros mundos, tal como o Advogado e politico, exemplo de caráter, entrou rico para política e saiu com menor poder aquisitivo, o Dr. Vicente Bezerra Neto, Senador (1967-1971), e, Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (1958-PTB). O depoimento do politico Bezerra em 1980, Homens de Mato Grosso, In: (MIRANDA, 2014), evidenciou quanto sua família trabalhou pelo Estado com recursos próprios, participando de movimentos para criação da UFMT. A concatenação das ideias foi excelente: “A ideia era juntar o que tínhamos e ampliar para formar os filhos de Mato Grosso (...) a Universidade é uma referência nacional.” (Ex-Reitor e prof. Benedito Pedro Dorileo, em Jornal da ADUFMAT, Abril/2010). A magnitude de um estado sempre será propiciar espaços, cultural, para que as mentes possam evoluir cientificamente e socialmente, assim melhorando a vida dos povos. É notável que: Cultura é, e será sempre a estrutura do cidadão, amenizar o analfabetismo no sertão. Cruelmente, educação não era o quesito básico para alguns fazendeiros e exportadores, estes podiam enviar os filhos para estudarem na Europa, tal como os pontuou Esther Viveiros (1969): “Benjamim e Beatriz estudavam na Europa.” Nossa população é mesclada de europeus, de negros e índios. A literatura comprava a fusão da riqueza cultural e união das raças.

O cientista Karl Von Den Steinen, (1940) “O meu guarda mais fiel era Paleko; com seu longo cabelo acinzentado e com o fino rosto de velho, êle parecia bem, um diretor aposentado de ginásio. Frequentemente nos lembrávamos de fisionomias figuras européias cujos donos talvez não admitissem uma comparação com os índios nus; Enrenreich e eu concordávamos p.ex. perfeitamente em reconhecermos, no Kulesehu, alguns senhores da Sociedade Antropológica de Berlim: naturalmente estes senhores nada têm dos índios, mas estes índios pareciam-se algo com os conhecidos. Passei quase dias inteiros sozinho com Paleko. Às vezes aparecia também Eva e a minha prometida ou a egípcia, ora sós, ora todas juntas, fazendo-nos um pouco de companhia.” O interior de Mato grosso também foi visualizado como “babel de raças” (BIENNÈS, l987). Claude Lévi-Strauss (2007) “(...) beleza estética e originalidade absoluta”.

Apontando tantas riquezas humanas, bom caráter, então devemos focar nos bons exemplos.

Esperamos que com este texto os Três Poderes, se unam, e apontem para alguns políticos da atualidade, que necessitam lançar seus olhares para os abandonados, que vivem no mundo do ilícito-droga, pois cada cidadão tem uma necessidade. A autoridade maior também é o povo.

Graci Ourives de Miranda. Escritora.

Referência

BIENNÈS, D. Máximo. T.O.R. Uma Igreja na Fronteira. São Paulo: Edições Loyola, SP-SP. 1987.

VIVEIROS, Esther. Rondon conta a sua vida. Rio de Janeiro: Cooperativa Cultural dos Esperantistas, 1969.

MIRANDA, Graci Ourives de. Riquezas, Floresta e Encantamento. 1ªed.Cuiabá: Gráf. Print,2014. Cuiabá-MT.2014.

MIRANDA, G. O. Homens de Mato Grosso. ISBN-978-85-86422-49-2. 2ª.ed. Cuiabá: Editora Print, 2014

MIRANDA, G. O. Riquezas Lícitas de Mato Grosso. 3. ed. Cuiabá: Editora Print, 2014.
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