Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Qual é o valor de um mandato eletivo?

A vilipendiação dos valores éticos morais e institucionais em nosso país vêm ganhando dimensões estratosféricas, fruto do processo exacerbado de: corrupção, malversação de recursos públicos, peculato, esquemas espúrios e por ai vai.

 A tão sonhada reforma política, ficou apenas e tão somente no papel, a mesma caminha a passos de tartaruga. Em 2006 aprova-se a fidelidade partidária, em 2010, após um projeto de iniciativa popular, capitaneado pelo Movimento de Combate à Corrupção  Eleitoral, foi aprovada a Lei da Ficha Limpa, passando a vigorar em 2012, em 2011 as comissões no Senado Federal e Câmara dos Deputados discorreram sobre vários temas, porém um deles sobressai  financiamento eleitoral partidário, se deveria ser mantido o sistema misto, ou se deveria adotar um financiamento exclusivamente público, ou um financiamento exclusivamente privado, com doações apenas de pessoas físicas, ou com doações de pessoas jurídicas.

Mudaram-se as regras para 2016, proibindo doações de empresas para campanhas eleitorais, está lei, foi considerado um avanço, até que, iniciaram  as operações de combate à corrupção, entre as quais a Lava Jato; a mesma deixa claro, o envolvimento de empresas, públicas e privadas no processo de roubalheira e saque  de dinheiro público, através da ingerência de alguns políticos inescrupulosos, que roubaram o país, através da corrupção, ativa e passiva, com anuência de empresas famosas entre as quais estão: a Odebrecht, a JBS S.A entre outras. 

Como falar em reforma política, se grande parte do dinheiro que movimenta as eleições em nosso país, é de origem duvidosa; não basta apenas a pessoa ser ficha limpa, tem que buscar a origem desses milhões que são investidos em campanhas eleitorais faraônicas.

Avizinha-se 2018, teremos novas eleições em nosso país, desta feita, para: Presidente da República, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais/Distrital;  grande parte dos prováveis candidatos participaram de forma direta ou  indireta do processo vergonhoso de espoliação do nosso país, estas pessoas, ainda poderão participar desse processo eletivo, tendo em vista, a morosidade das leis em nosso país, principalmente a  eleitoral.

Por certo, tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), terão trabalho dobrado em 2018, em face,  da avalanche de denúncias contra prováveis candidatos ao pleito.

A pergunta que não se quer calar, quanto custa uma campanha eleitoral em nosso país? É uma pergunta difícil de ser respondida, porém com as deflagrações das operações de combate à corrupção, saímos um pouco da obscuridade de quem são os eventuais atores desse processo nefasto e vergonhoso de ingerência política, percebe-se que algumas campanhas políticas foram   custeadas  com dinheiro proveniente de caixa 2, ou de origem duvidosa, segundo constatou, a operação Lava Jato.    

Pare o mundo, quero descer!

*Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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