Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Opinião

Impessoalidade

É melhor poder ler alguns impropérios, do que ser cego. Felizmente, vivemos em um país em que ainda se respeita o estado democrático de direito, assim como, a liberdade de pensamento e de expressão.  Assim fez a Senadora da República, Gleisi Hoffmann, pelo Estado do Paraná e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). A nobre senadora, fazendo uso de suas prerrogativas legais e constitucionais, redigiu um artigo publicado em um dos sites renomados da nossa capital, intitulado "Milho aos pombos gordos de Brasília e seus establishment", a chamada em questão, poderia até ser factível; caso sua autora, fosse alguém isenta de qualquer tipo de denúncia ou citação em operações de combate à corrupção, como a Lava Jato. Gleisi Hoffmann e seu marido Paulo Bernardo, teria pedido verba quando era ministro. O casal já é réu na Lava Jato, acusado de receber R$ 1 milhão da Petrobras, o dinheiro seria para a campanha de 2010, além de outras benevolentes doações feitas, conforme consta às planilhas da Odebrecht, segundo investigação do supremo.

A chamada em questão, "Milho aos pombos gordos de Brasília e seus establishment", a última palavra em   inglês, refere-se à ordem ideológica, econômica e política que constitui uma sociedade ou um Estado; no sentido depreciativo a que ela se refere, designa uma elite social, econômica e política, também se refere às classes dominantes, à qual ela faz parte. 

Tudo bem, concordamos que o combalido Governo Temer (PMDB), vem caindo pelas tabelas, e que o mesmo, se mantém no poder, usando prerrogativas pouco ortodoxas, como uso de emendas parlamentares, cargos, favores, tapinhas nas costas e por ai vai, isso é fato.

Agora, a letra da música de Zé Geraldo, "Dando milho aos pombos" tinha uma conotação mais ampla, ele diz em seu refrão "Enquanto esses comandantes loucos ficam por ai queimando pestana organizando suas batalhas. Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas mortalhas. Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos".

Partindo dessa premissa, a musicalidade  ganharia  notoriedade, fazendo valer a importância do reino  animal, só que agora, saindo dos animais mais dóceis como os pombos,  partindo para os animais mais pesados e agressivos  os elefantes.    

A Revista Veja publica "Lulinha: do zoológico para apê de 6 milhões de reais", como é possível  alguém que trabalhava de limpador de estrume de elefante no zoológico de São Paulo, até os 28 anos ganhando R$ 600 reais, conseguiu uma fortuna incalculável, isso é inexplicável, vai ter sorte assim, lá na praça.    

Agora, vejo que sou burro mesmo, passei quatro anos da minha vida em uma faculdade, trabalho 23 anos como professor: moro de aluguel, tenho um carro velho, minha conta bancária está sempre  no vermelho, não confundam com  outro vermelho; eu poderia  também ter trabalhado em um  Zoológico, quem sabe,  teria a mesma sorte do Lulinha.

Pare o mundo, quero descer!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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