Fui dar um curso de autoliderança e entre os participantes estava uma jovem muito linda de 20 e poucos anos. Alta, cheia de curvas, traços delicados, parecia ter sido esculpida. Onde ela ia os olhares acompanhavam. A beleza era tanta que era difícil desviar o olhar. Como o curso tinha a duração de 3 dias, no decorrer do tempo fomos nos acostumando àquela beleza.
As horas foram passando e o ambiente foi ficando cada vez mais acolhedor. As pessoas foram ficando a vontade num ambiente de respeito e segurança. E como de praxe pedi para ir na frente quem quisesse trabalhar a autoestima. E aí, essa jovem levantou a mão. Deu para ver os olhares surpresos dos colegas. Era como se dissessem: "ELA?" Uma mulher perfeita?
E foi então que ela abriu o coração. Disse que nunca se achou bonita, que a irmã sempre se destacava e desde a adolescência ela vinha tentando ser a "irmã" - notada, desejada e então achou que se fizesse lipo e colocasse silicone ela se sentiria bem. Fez as cirurgias, gostou do resultado, mas ainda não se sentia completa. Ao se comparar com a irmã, viu que a primogênita tinha o nariz mais fino e empinadinho e então se ela tivesse aquele nariz..., ai sim seria feliz. Mais uma vez buscou um cirurgião passou pelo procedimento e conseguiu um nariz delicado. Á medida que ia fazendo os procedimentos percebia que aumentava a insatisfação com a vida.
Os homens a desejavam, ela os conquistava mas os relacionamentos não fluiam. Já que ela achava que eles iriam largá-la a qualquer momento, então tinha crise de ciúmes, os homens não a respeitavam, ela se sentia inferior e estava sempre sozinha e infeliz. Através das ferramentase ela pôde percebee que estava deixando de viver a vida dela em busca de algo que nunca teria. E então começou a enxergar os pontos positivos e o que precisava melhorar. E foi se conhecendo. Descobrindo o que gostava de fazer, quais as qualidades, defeitos....
É claro que uma pessoa com baixa autoestima não passa a ter uma autoestima incondicional da noite para o dia, é preciso querer e trabalhar diariamente no que almeja. Se aceitar é o primeiro passo.
Depois de alguns meses nos encontramos e ela disse que terminou o relacionamento, saiu do emprego que não tinha nada a ver com ela, estava num outro e embora o salário fosse menor o trabalho a desafiava. Ela contou que o curso foi essencial para a transformação.
Cada feedback que recebo dessas transformações me enchem de alegria e mostram que estou no caminho certo.
E você? Como está sua autoestima? Como está a pessoa mais importante da sua vida?
O que diz para si mesmo? Você é sua melhor companhia?
*Beatriz Bruehmüeller é Psicóloga, Coach, Trainer em Programação Neurolinguística e Neuro-Semântica e facilitadora de Barras de Access
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