Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

O poder de um ponto de interrogação no imaginário da população

As instituições brasileiras são seculares, obedecem: normas, regramentos, padrões; físicos, imagéticos criados pelo homem, com objetivo de nortear suas ações e valores. A Polícia Federal do Brasil é uma instituição policial brasileira, subordinada ao Ministério da Justiça, fundada em 28 de março de 1944 com (73 anos) de existência, jovenzinha, porém com papel de destaque, principalmente com a  criação da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro público envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e políticos.

A Operação Lava Jato, em seus desmembramentos ganhou forças,   colocando na cadeia muitos políticos, empreiteiros, empresários; chegando até, ao presidente Michel Temer (PMDB), sobre  acusação  de corrupção passiva, no caso conhecido como JBS.

Vamos voltar ao episódio em questão; em junho, antes mesmo de a PGR oferecer denúncia contra Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, um relatório da  Polícia Federal apontou indícios de que Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), cometeram crime de corrupção passiva. Rocha Loures (PMDB), foi flagrado pela Polícia Federal, recebendo mala com R$ 500 mil de um executivo da JBS em uma pizzaria em São Paulo, o dinheiro seria a primeira parcela de uma propina em troca de favores no governo, assim apuraram as investigações.

No último dia (20), tomou posse o novo diretor-geral da gloriosa Polícia Federal, Fernando Segovia, em seu primeiro pronunciamento, disparou alguns impropérios, primeiro ao dizer "se a apuração estivesse "sob a égide" da Polícia Federal, e não da Procuradoria Geral da República (PGR), a corporação pediria mais tempo para avaliar se havia ou não corrupção".

Ele prossegue usando figuras de linguagem com conotações pouco ortodoxas, ao dizer "porque uma única mala talvez não desse toda materialidade criminosa que agente necessitaria para resolver se havia ou não crime e quem seriam os partícipes e se havia ou não corrupção".

As explicações não param por ai, ele é contundente ao dizer "é um ponto de interrogação que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ser respondido se a investigação tivesse mais tempo".

Tais afirmações soaram como verdadeiro acinte, aos ouvidos da sofrida população brasileira, que tem incide de desemprego da ordem de 14, 2 milhões de brasileiros, país em que se tem um salário mínimo de fome no valor  de R$ 937,00, sem falar, do péssimo sistema de Saúde Pública, a educação está carcomida pelas péssimas gestões governamentais, sistema viário combalido e por ai vai.

Agora, achar que uma  mala contendo em espécie R$ 500 mil, não poderia caracterizar crime, sendo que a mesma, era carregada por um emissário de Temer, não serve  como  prova de crime; é taxar a população brasileira de burra, que  somos acéfalos, que não temos capacidade de distinguir, a diferença entre uma mala com  roupas para viagem, com uma mala contendo R$ 500 mil, conforme, foi mostrado nos programas televisivos.

Pare o mundo, quero descer!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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