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Opinião

Discurso errático

Marcelo Augusto Portocarrero

senhor ministro toffoli,

(em letras minúsculas mesmo, tal a forma apequenada e açodada com que vossa excelência se expressou quando sobretonou algumas de suas palavras no pronunciamento do resultado das eleições).

Vossa declaração foi uma clara afronta ao discurso feito por Jair Bolsonaro, o Presidente eleito do Brasil, quando este se dirigiu de maneira sóbria, claramente democrática, despida de preconceitos e repleta de palavras positivas a todos os brasileiros.

Nunca um dos três poderes da República Federativa do Brasil discursou de maneira tão inadequada e presunçosa, destilando ódio em seu modo de falar e demonstrando indisfarçável frustração ideológica.

A começar pelo fato de ter-se dirigido às pessoas erradas, já que quem terminou essa eleição de forma melancólica, irracional e explicitamente divisionista foi o candidato derrotado. Ainda mais após a inadequada declaração de que permanecerá tratando os brasileiros como se vivessemos no eterno “nós contra eles” com que pretendem continuar se alimentando os partidos de esquerda.

Apenas para demonstrar as diferenças entre como se comportam grandes homens em situações semelhantes basta citar um deles, recentemente falecido, o senador americano John MaCain, que ao perder as eleições para Obama disse o seguinte:
– “Ontem ele era meu adversário, a partir de hoje ele é meu presidente”.

Um exemplo na política e na ética. Já Haddad, este foi incapaz de cumprimentar o adversário, portando-se como um verdadeiro zero a esquerda!

Não será tratando de forma tão desrespeitosa o futuro chefe do executivo que o STF irá preservar o necessário bom relacionamento entre os dois poderes.


Marcelo Augusto Portocarrero é enegenheiro civil/UFMT.
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