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Opinião

Black Friday X Natal

Luiz Vicente Dorileo da Silva

As datas mais importantes para o varejo se aproximam.  Aguardadas pelos lojistas essas comemorações de fim de ano podem fazer a diferença no resultado anual de muitas empresas. Para aproveitar melhor e ao máximo devemos estar atentos às particularidades de cada uma das datas.

A cada ano a Black Friday se consolida no calendário e se já se tornou uma data muito importante para o varejo. Não é para menos, pois, atualmente a intenção de compra dos consumidores durante a Black Friday em 24 de novembro só perde para o Natal em 25 de dezembro. Uma forma de explicar isso é entender que ao contrário de outras datas de apelo no consumo, como Dia das Mães, Dia dos Pais ou Dia das Crianças, a Black Friday tem um apelo universal, assim como o Natal.

Enquanto no Natal as pessoas presenteiam os outros, na Black Friday, a sexta feira negra como é conhecida, o dia de desconto, onde as empresas prometem cortar os preços de forma radical e fazer a alegria dos consumidores, estes compram para satisfazer seus próprios desejos de consumo, o que beneficia alguns segmentos como celular, TV, os eletroeletrônicos, hipermercados, supermercados e atacarejos e em volume de vendas, a Black Friday já está se tornando mais importante que Natal.

Está tão forte que por ser final de novembro, ela acaba canibalizando o Natal, tirando a sua força de vendas. Para o varejo brasileiro, o ideal seria que a Black Friday acontecesse entre março e setembro. Pois, 24 de novembro é uma data que foi importada do varejo americano onde acontecesse na semana do feriado de ação de graças.

Nos últimos anos, varejistas e especialistas em mercado de consumo já tinham notado que a Black Friday vinha tomando espaço do faturamento do Natal. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) sobre as grandes tendências da Black Friday para este ano demostra que pouco mais de um terço ou seja 37% das compras da megaliquidação do varejo é antecipação de compras de o Natal.

Dados apontaram que os lojistas devem faturar mais com vestuário este ano que apresenta a maior fatia da intenção de compras que chega a 53% do faturamento nesta data. E o consumo de eletrônicos deve ficar abaixo da média das edições anteriores correspondendo a 32% das vendas.

Apesar da expectativa com a data, muitas empresas acabam por desperdiçar a oportunidade. Entre os motivos cito a diferença de quase 30 dias entre as duas ocasiões faz muitos profissionais cometerem o erro de elaborarem uma estratégia unificada de marketing e vendas – ao invés de realizarem ações diferentes para aproveitar o que cada período tem de melhor. 

Boas Vendas!


Luiz Vicente Dorileo da Silva “SHIPU”, palestrante, consultor formado em administração com MBA Executivo Internacional e especialista em Marketing. shipumt@hotmail.com
 
 
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