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Opinião

Empresas que planejam o 13º mensalmente evitam aperto no fim do ano

Bruno Silva

Alguns já se preparam para as férias em algum lugar distante da rotina diária. Outros, se preparam para trabalhar como nunca, aproveitando as vendas com os festejos do Natal e amigo secreto. Muitas comemorações, confraternizações e alegria! Contudo, junto ao fim de ano, chega algo que é o terror para muitos empresários, mas a alegria para os funcionários, o 13º salário!

A dor de cabeça causada nos empresários é justamente a falta de gestão para este pagamento, deixando para arrecadar os recursos necessários para cumprir a obrigação apenas nos últimos meses do ano. Contudo, são duas folhas de pagamentos para apenas um mês de faturamento, e assim muitos acabam recorrendo a terceiros para ter essa disponibilidade, se endividando e começando o ano com a conta negativa.

Vamos antes entender o que é o 13º salário – é uma gratificação corresponde a 1/12 avos da remuneração por mês trabalhado do ano, ou seja, com essa definição, fica claro que não é uma despesa de fim de ano, e sim uma despesa mensal!

Desta forma, conseguimos identificar um dos grandes problemas que os empresários acabam se “enrolando” na hora de pagar a bonificação. O valor correspondente a este pagamento, que será feito apenas no final do ano, deve ser provisionado mensalmente, ou seja, no cálculo da remuneração do trabalhador todos os meses: 1/12 avos deste valor deve (ou deveria) ser economizado e poupado, para que, ao final do ano, o valor esteja disponível para pagar o funcionário.

O provisionamento deste valor evitaria qualquer tipo de susto, dor de cabeça ou surpresa na hora de realizar o pagamento da folha de dezembro, e também entenderíamos que, para o empresário, o funcionário não custa apenas o valor do salário, ele custa várias outras despesas que, assim como o 13º salário, não são desembolsadas mensalmente, mas devem ser pagas em algum momento durante o ano e por isso devem ser planejadas.

Estas provisões devem estar contidas na Demonstração de Resultado do Exercício, e na elaboração de resultados da empresa, pois esses gastos fazem parte do cálculo para a definição dos resultados da empresa e se a mesma é lucrativa ou não.

Caso não saiba fazer estes cálculos ou provisionamentos, a melhor saída é procurar um consultor financeiro para lhe ajudar e começar o ano planejando o bônus de 2019. Caso contrário, saiba que a mesma situação vai ocorrer a cada ano.


Bruno Silva é sócio consultor da CBI Gestão & Negócios, especializada em consultoria e gestão de micro e pequenas empresas
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