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Opinião

​Artista Empreendedor

Adilson Aparecido De Souza Júnior

No dia 22 de Novembro é comemorado o dia do músico, aproveitando o ensejo, se faz importante falar do mercado artístico, e de como o empreendedor da área deve se comportar, mesmo diante da loucura da profissão, para ter uma banda e uma boa agenda de shows. O artista que “vende”, precisa ter imagem institucionalizada (ter site, logomarca, portfólio), buscar os grandes eventos da sua praça de atuação, competir nacionalmente, fazer parcerias, saber utilizar as ferramentas digitais (redes sociais e streaming) e criar conteúdos relevantes.
 
Disputar competições nacionais são ótimas oportunidades para artistas, programas como “The Voice” ajudam a ampliar o leque de mercado, aqueles que depositam tempo na sua carreira; estudando, se aperfeiçoando, produzindo, escrevendo e investindo em material audiovisual, têm quase sempre alcançado êxito. 
 
Temos exemplos no estado de nomes como Ana Rafaela e Lorena Ly que com o “boom” inicial desses realities foram longe, moram em outros estados, tem carreiras fortes que geram riqueza e renda. Há casos de artistas que passaram por mais de um programa, no final das contas todos se destacaram pelo talento e hoje ocupam uma fatia considerável de mercado, com expressiva capacidade de expansão.
 
Vale observar, que existem outras formas de expandir, e isso se deve ao mercado cultural que é muito amplo, e pouco explorado profissionalmente. Inicialmente o artista empreendedor precisa se inserir no mercado, precisa de ajuda para formar seu “produto artístico”, explorar o regime de parcerias, através de stakehouders preferências, como agências e clientes que ajudem a fomentar a sua imagem e dar volume de shows.
 
Nesse sentido, nos dia de hoje, as plataformas digitais tem papel fundamental na capitalização do “produto artístico”. O Youtube é um site de vídeos que tem alto potencial comercial, Facebook além de comercial, institucionaliza a carreira artística, e o Instagram ajuda o artista a ser atrativo ao consumidor. Tocar no Spotify, Deezer, em plataformas de streaming é essencial. Juntas, essas ferramentas digitais, fazem o artista ser motivo de desejo do mercado.
 
Os veículos de comunicação e imprensa também são muito relevantes para impulsionar o “nome do artista”. O profissional do setor artístico precisa ser respeitado pela crítica especializada e pela opinião pública, os veículos de comunicação são como a “Vela” do navio indicando para quais rumos o mercado deve encaminhar-se, e não falo “especialmente” de um único veículo, e sim de um movimento natural em direção a algo, ou alguém.
 
Nesse sentido, quanto maior exposição na crítica, nos jornais, e nas rádios, e principalmente na internet, maior sua venda de shows, maiores suas parcerias baseadas na utilização da sua imagem. 

E para desenvolver um bom trabalho de captação de shows e de parceiros, mapeamento das praças que atuam, os artistas precisam entender o nível que se encontram. Entendo que os níveis são observados das seguintes formas: Inserção do artista no mercado; Exposição e consolidação do artista na praça de atuação que estão (acreditamos que a maior parte dos artistas estagnam aqui); Exposição em novas praças de atuação. Consideramos esses 3 níveis através das variáveis: público alvo; estilo musical, alcance, agenda de shows, mercados em que atua.
 
Quando o artista começa a fazer essas análises, através de uma agência ou de si próprio, deverá organizar metas, objetivos, atividades e resultados, os quais o levarão para o ambiente da crítica especializada, sendo sempre lembrado pela imprensa, e criando volume de agendas X qualidade de agenda X ampliação dos mercados que atuam.
 
Ou seja, há necessidade de dedicar-se, trabalhar, se organizar, traçar metas, ter “pés no chão”, acreditar e ter autocrítica. O que engrandece o empreendedor artístico é saber quais são suas limitações, seus sonhos, quanto tempo e como fará para dar o próximo passo.


Adilson Aparecido De Souza Júnior  é Agente Artístico/Produtor Cultural
Proprietário da Empresa XX Assessoria & Representações

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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