Imprimir

Opinião

O 13º salário está na conta. E agora?

Eduardo Correa

O 13º salário é sempre bem-vindo. Porém, como tudo na vida, é importante se planejar para que o uso seja bem feito e sejam consideradas possíveis dívidas ou a necessidade de uma reserva de emergência, caso ainda não tenha constituído. Por isso, a dica é: coloque no papel os cálculos do dinheiro que entrou, contas a pagar e sonhos a realizar. Assim, fica mais fácil de se organizar.
 
Apesar do corre-corre de dezembro, este mês é o momento perfeito para organizar suas finanças para o próximo ano. É também a oportunidade de priorizar a educação financeira, avaliando todos os seus gastos e eliminando possíveis despesas desnecessárias ou o excesso de dívidas. Gastos comuns com alimentação, combustível, aluguel, lazer e impostos devem ser pagos com a renda mensal. Já para o 13º, a prioridade deve ser pagar aquelas dívidas com juros mais altos.
 
Caso não tenha uma reserva de emergência, este também pode ser o momento ideal para destinar um valor para uma poupança. É indicado ter uma reserva de emergência de, no mínimo, o valor correspondente a seis meses de seus gastos mensais. O restante pode ser destinado para seus demais objetivos, destinando ainda uma parte para a aposentadoria e outra para aquela viagem de final de ano com a família ou amigos, por exemplo.
 
Porém, é importante lembrar que existe um mito que consiste na ideia de que caso o investidor resgate o seu valor antes do fim do ano, ele não precisará incluir este valor na declaração de Imposto de Renda (IR). Não acredite nisso: esse tributo é retido na fonte no momento do resgate, podendo inclusive gerar uma perda maior caso a retirada seja feita, pois a alíquota de IR cobrada será maior. Além disso, todas as informações de movimentações realizadas durante todo o ano são encaminhadas pelas instituições financeiras para a Receita Federal, sendo necessário informa-las na Declaração Anual de Imposto de Renda.
 
Uma oportunidade interessante é destinar o 13º para um plano de previdência privada. No Sicredi – instituição cooperativa financeira com mais 3,9 milhões de associados e atuação em 22 estados e no Distrito Federal –, existem opções de previdência para todos os perfis.
 
Para quem realiza a declaração de IR pelo formulário completo, há o plano do tipo PGBL. Nele, contribuições realizadas durante o ano em PGBL permitem que o participante usufrua de um benefício fiscal, podendo deduzir essas contribuições da base de cálculo do IR. O limite para esta dedução é de 12% da renda bruta anual tributável e são consideradas as contribuições realizadas até o último dia útil do ano. Então, caso você ainda não tenha excedido este limite de contribuições em PGBL no ano, é uma oportunidade de pagar menos impostos ou aumentar a sua restituição.
 
Já para quem realiza a declaração pelo formulário simplificado, é isento ou já atingiu o limite de 12% de benefício fiscal, deve destinar o recurso para um plano de previdência privada do tipo VGBL e usufruir da mesma forma dos benefícios de uma reserva de longo prazo.
 
Com organização, o 13º salário pode ser benéfico tanto agora como a longo prazo. Então, mãos à obra e comece 2019 com o pé direito, inclusive nas finanças!
 

Eduardo Correa é superintendente de Produtos e Serviços Financeiros do Banco Cooperativo Sicredi.
Imprimir