Imprimir

Opinião

Pátria amada Brasil

Marcelo Portocarrero

O Brasil que surgiu das últimas eleições deixou de ser um pais utópico para finalmente iniciar sua retomada aos níveis normais de temperatura e pressão ou seja, iniciamos por desejo da maioria de nossa população a recuperação daquilo em que estavam nos transformando por influencia de uma liberalidade amoral que nos aproximava de uma esquizofrenia coletiva devido as mudanças que vinham sendo implementadas com a intenção de levar a população à total perda de noção da realidade e do juízo crítico. Em outras palavras da liberdade.

Se aquela estratégia continuasse ativa e conseguisse chegar ao seio das famílias como chegou a estar nas escolas e universidades públicas, nos programas de ações básicas de saúde, na agricultura familiar, nos sindicatos e através de outras ações com viés político de esquerda teríamos sucumbido definitivamente como democracia para uma ditadura comunista nos moldes do que propôs o Fôro de São Paulo, à semelhança do que armaram aqueles que tentaram impor o comunismo ao Brasil na intentona comunista de 1964.

Daquela vez também fracassaram na tentativa porque como agora não tiveram apoio nem reconhecimento da população sendo então obrigados a viver em uma clandestinidade custeada e treinada por países camaradas, pelos resultados obtidos através do roubo a banco a recebimentos de resgates de sequestrados, mas nunca através do efetivo apoio da população.

Essa constatação, a de que poucos simpatizavam com sua causa, fez com que ficasse demostrada a total dissonância de suas pretensões com os anseios da população apesar das intensas campanhas promovidas por partes da imprensa, da intelectualidade e por alguns poucos integrantes dos meios artísticos que se aproveitaram dos arroubos contestadores da juventude para comercializar suas peças e músicas de protesto em um contexto contraditoriamente capitalista.

Nem ai tiveram o sucesso político esperado porque encerrados os shows e encenações teatrais tudo voltava ao normal, exceto no aspecto financeiro, provando que os engajamentos externalizados eram parte de suas estratégias comerciais. Basta olhar as fortunas que acumularam durante e depois do período em que foram “censurados”.

Os idealizadores, executores e comparsas daquela tentativa de golpe fracassaram porque suas ideologias eram estéreis em termos pátrios. A intenção por detrás de todas as ações realizadas e argumentos utilizados foram aos poucos tomando forma real através das declarações espontâneas de muitos dos que lá estiveram de forma a que hoje saibamos que seus reais objetivos eram tornar o Brasil uma ditadura comunista e a America Latina um conglomerado de republiquetas socialistas nos mesmos moldes da China e da União Soviética. O que mais desmonta a versão criada por seus defensores, a literatura ideológica que os descreve como vítimas e os filmes de ficção fajuta que produzem é que a essa verdade agora escancarada sequer têm argumentos capazes de ajudá-los negar.

A expropriação de que fomos vítimas durante os últimos 30 anos custaram e ainda custam muito caro ao país. Tanto, que passado todo esse tempo desde a Constituição de 88, a chamada Constituição Cidadã, até agora estamos vivendo suas sequelas. Aquele documento foi tão deturpado e explorado que pouco pôde nos trazer de progresso porque os governante que a partir dela advieram até nossas últimas eleições agiram tal qual o demagogo Odorico Paraguassú fazia acontecer na sua utópica Sucupira. O outro aspecto desmascarado é que parte da mídia sempre foi conivente com isso, desde que parceira, e se portou como terreno fértil para o crescimento daqueles e de outros tipos de erva daninha que permitimos fossem cultivadas em nosso território e às nossas custas.

É fácil constatar que  o resultado dessa degradação sem limites éticos e morais a que ficamos expostos durante os últimos 31 anos nos colocaram atrás de todos os países em desenvolvimento do mundo. Basta observar como os outros evoluíram mais que nós em todas as áreas do conhecimento humano, de qualidade de vida e em questões de segurança. Alguém aí tem outra explicação para dar ou vamos ter que continuar ouvindo a mesma velha e descabida ladainha que ainda cantam os que tentam nos manter reféns de uma história muito mal contada.

Jamais seremos um país como aqueles que sucumbiram às ideologias que enganaram o povo pela exploração de sua ignorância para  depois submetê-los às suas ditaduras que de proletárias só tiveram o título.

Nunca seremos subjugados por gente que pensa assim porque somos um país forjado da miscigenação das muitas raças, as quais tornaram nosso país uma nação forte e unida a começar pelas heranças genéticas dos brasileiros nativos, dos que para cá vieram trazidos a ferro e daqueles que fugiram do sofrimento a que eram submetidos e explorados pelos regimes ditatoriais que os haviam subjugado.

Nossa índole pacifistas não deve ser confundida com indolência ou submissão. Como dito anteriormente, não somos um país utópico, somos sim uma nação atípica porque vivemos em uma terra com dimensões continentais somos um povo cunhado pela força de nossos antepassados e integrado por uma única língua. Somos essa amalgama indissolúvel que resultou em uma pátria amadachamada Brasil.


Marcelo Portocarrero é Engenheiro Civil.
Imprimir