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Opinião

Solidariedade: a razão e o coração da Economia

José de Paiva Netto

A 61ª sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW, na sigla em inglês), realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 13 a 24 de março deste ano, trouxe para debate um importante tema diante dos inúmeros desafios que a Humanidade enfrenta: “O empoderamento econômico das mulheres no dinâmico mundo do trabalho”. Na ocasião, saudei todas as delegações internacionais, as autoridades e os participantes que discutiram, em Nova York, EUA, esse primordial tópico.

Meu especial cumprimento foi endereçado ao recém-eleito secretário-geral da ONU, dr. António Guterres. Nós, da Legião da Boa Vontade (LBV) — Instituição que, em 1994, passou a integrar o Departamento de Informação Pública (DPI) e possui status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc), desde 1999 —, o parabenizamos pela aclamação. E, na oportunidade, enviamos nossos votos de que ele alcance pleno êxito à frente das Nações Unidas, particularmente nestes decisivos tempos de múltiplas demandas globais.

É motivo de muita honra à LBV contribuir, há mais de duas décadas, para esse encontro internacional. Para nós, a mulher é o verdadeiro alicerce das civilizações quando realmente integrada em Deus e/ou nos mais sublimes ideais que honram a raça humana. Isto é, ainda que não creia na existência do Mãe-Pai Celeste, ela embala as nações ao se transformar no aríete dos mais nobres sentimentos que nascem de seu coração, quais sejam a Caridade, a Solidariedade, a Fraternidade, a Generosidade. Elas devem ser as protagonistas da construção de um modelo econômico em que os mais elevados valores da Alma sejam o lastro das interações humanas.

Se tratamos aqui da urgência de à mulher ser facultado o empoderamento econômico, é porque devemos extirpar, de uma vez por todas, a discriminação contra ela no acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento que os homens recebem no âmbito do trabalho. Não mais podemos aceitar os impedimentos que as mulheres encontram nesse campo, gerando atraso na luta pela igualdade de gênero e pela erradicação da pobreza. Como imaginar a efetiva elaboração de políticas públicas enquanto ainda se lega a um patamar econômico inferior metade da população mundial? É um contrassenso!
 

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br—www.boavontade.com
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