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Opinião

Pode ficar à vontade, mas nem tanto

Rodrigo Damacena

Os estabelecimentos de Cuiabá possuem uma versão de atendimento, talvez única, de manter o cliente “aos 45 do segundo tempo” para gozar de vantagem lucrativa. Desde quando cheguei nesta ilustre capital, tenho notado este objetivo que faz semelhança com alguns lugares que visitei para lazer, melhor dizendo, restaurantes em que estive nos finais de semana para alimentar-me.

Há intenção de sempre visitar de acordo com o preço, pesquiso até encontrar o lugar ideal para não ter prejuízos, mesmo que o valor está de acordo com o local, qualidade do alimento e atendimento. Contudo já estive em ótimas condições financeiras, e desfrutei de ambientes nos restaurantes e lanchonetes de alta qualidade, mas também passei por dificuldades e precisei de submeter-se em lugares moderado.

Nesta caminhada de comer fora de casa, acrescento à escolha onde o cardápio traz alternativas do meu interesse, e com isso nossa cidade trouxe a conclusão mais sólida, que existe defraudação comercial, e segundo os comentários de pessoas próximas, garanto que não aconteceu só com um consumidor. Estou falando da recepção enganosa. Enganosa? Sim! E isto acontece seja ela em ambiente de classe A ou C.

Devido a correria que o final de semana proporciona, nem sempre consegui chegar no horário nobre, mas digamos que à sexta-feira e sábado foram feitos para extensão de horários nos estabelecimentos (sei bem, porque trabalhei muito tempo neste cenário). Porém faço questão de perguntar, “já tá fechando?, Dá tempo de pedir?”. Daria para montar um estoque das respostas de cada lugar, mas o fato é que recebem de maneira categórica. Sorriso no rosto como se não estivesse atrapalhando, omitindo o horário de atendimento e muitas vezes informando para ficar à vontade, é aí que deparo com expectativa burlada pelo objetivo de lucrar um pouco mais.

Basta apenas se acomodar e logo começa a orquestra, barulhos de mesas e cadeiras sendo recolhidas, tão suave quanto alguns atendentes sem gentileza, e aí analiso que, poderiam ter essa mesma agilidade e ênfase para os pedidos e resolução de problema com relação ao conforto. Sendo assim, os garçons formam uma posição lateral com expressão não muito agradável. E que no contexto, únicas meses e cadeiras no recinto são justamente às que estão em uso, em outras palavras, parece estar ilhado com um bando de piratas te observando.

Obviamente que existem clientes que sentem a necessidade de complicar algo que está simples de fazer, um pedido, exalar educação, saber à hora de sair, entre outros. Mas o que intriga é quando se colhe todas às informações necessárias para passar um tempo agradável com à refeição na mesa, e em questão de minutos o jogo vira como se estivessem dizendo, “ agora que sentou e escolheu, só estamos aguardando sua velocidade no garfo para finalizar o expediente”. 

Rodrigo Damacena é estudande de Jornalismo. 
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