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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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"Terei orgulho em dizer que cai, mas me levantei”, diz recuperando que participa do projeto “Violão Mágico”

Foto: Sejudh-MT

Um projeto que resgata, inclui socialmente e amplia a visão de mundo de jovens recuperandos de Mato Grosso está sendo executado em Rosário Oeste (93 km de Cuiabá) pelo professor de Música, Alaercio da Silva Lemes, que é também diretor do Departamento de Cultura Municipal. Por meio do “Violão Mágico”, cinco reeducando condenados e cinco provisórios estão encontrando na música o caminho para uma nova vida.


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O diretor da cadeia de Rosário Oeste, Joel Neponoceno, explica que o projeto é resultado de parceria entre a Prefeitura, por meio da Fundação de Cultura e Turismo (Funcultur), e a Defensoria Pública e que as aulas ocorrem uma vez por semana, todas as sextas-feiras.

“As turmas foram divididas em duas: uma só de condenados, que terão acesso um curso básico e avançado, com duração de seis meses; enquanto a outra turma, de presos provisórios (aqueles que aguardam decisão da Justiça), vão fazer apenas o curso básico, que tem duração de dois meses”, diz o diretor.

Um dos reeducandos afirma que participar do curso é realizar um sonho. “Sempre gostei de música, sempre tive o sonho de pegar um violão na mão e saber tocar, tocar para uma namorada, numa roda de amigos, sempre quis fazer bem aos outros pela música e agora este sonho está se tornando realidade”, diz o aprendiz, que não quis se identificar.

“Hoje tenho vergonha da minha identidade, porque vim parar num lugar que nunca imaginei que estaria, mas quando eu sair e começar a tocar por aí, e se um dia fizer sucesso, terei orgulho em dizer que cai, mas me levantei”, desabafa o recuperando.

O curso foi idealizado por um músico de família. O pai de Alaercio Lemes, Adão, era conhecido como ‘Adãozinho do Acordeon’. “Acredito que a ressocialização se dá por meio de projetos sociais como este, e após participar de um projeto social de reinserção em Cuiabá, realizado em 2006, tive a ideia de montar um aqui em Rosário Oeste também”, conta Lemes, que viu na música uma oportunidade única para transformar a vida destas pessoas.
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