O tema rodízio voltou a ser discutido. Na sessão plenária desta quinta-feira (12), da Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador Júlio Pinheiro, PTB, expôs sua preocupação com referência ao caos instalado na malha viária de Cuiabá, em função das obras da Copa do Mundo. Júlio salientou ter sugerido rodízio de veículos na capital em sessão anterior, projeto que retirou de pauta para ampliar as discussões sobre sua viabilidade.
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Segundo o vereador, o caos já havia sido anunciado. "Não sou Nostradamus, mas previ que este caos iria acontecer em face do número elevado de obras. Relatórios e mais relatórios do Tribunal de Contas atestam que algumas estão atrasadas há mais de 240 dias, o que fez a situação piorar mais ainda. Tornou-se quase impossível andar em Cuiabá. Resolvi colocar este projeto (rodízio) em discussão. A Câmara não pode ficar alheia a um problema tão grave", argumentou.
O parlamentar destacou que sempre foi contra a instalação do VLT (Veículo Leve sobre Trilho). Sua opção era pelo BRT. "Não mudei esse posicionamento. Na época em que se discutia o VLT ou BRT, o primeiro estava orçado em R$ 800 milhões e o BRT em R$ 400 milhões. Quer dizer: teríamos uma economia de R$ 400 milhões."
E o pior está por vir, segundo Pinheiro. O vereador alertou que, se os atrasos e dificuldades para concepção normal das obras já sucedem durante o período seco, agora no chuvoso, prestes a eclodir, vai ficar ainda pior. "Dá pra imaginar como esse caos não assumirá proporções notadamente gigantescas por causa das chuvas. Agora, sim, com a chegada das águas, é que a coisa irá piorar bastante", alertou.
O parlamentar Adilson Levante (PSB), parabenizou Júlio Pinheiro pelas colocações. "Vou subscrever seu projeto". Já Toninho de Souza, PSD, opinou que Cuiabá não está preparada para o rodízio. "As obras da Copa, com atraso ou não, estão quase prontas, a exemplo dos viadutos do Depraiado, da Avenida do CPA, da Avenida Fernando Correa, Arena Pantanal e outras. Temos que reconhecer que isso é um legado para a capital. Acho que o pior já passou, pois a parte física está praticamente pronta".
Com informações da Câmara.
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