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16/10/2013 - 12:15

Embratur pede intervenção de aéreas após alta de preços de voos na Copa

G1

O preço das passagens aéreas disparou para os voos durante a Copa do Mundo. A Embratur pediu uma intervenção do governo para não prejudicar o turismo.

Quem já tentou pesquisar o preço da passagem já percebeu que tem uma diferença absurda de preço em dia de jogo. Por exemplo, com o dinheiro para viajar até São Paulo e assistir ao jogo de abertura da Copa, dá para comprar passagem e ver o jogo em uma ilha paradisíaca do Caribe. Mas, pela TV, com locutor narrando em inglês ou espanhol. Não tem a mesma graça. Por isso, a Embratur quer a criação de um limite para cobrança das tarifas.

É grande a expectativa para ver a seleção jogar, aqui no Brasil, em plena Copa do Mundo. “Vai ser uma oportunidade ímpar. Com esse sentimento de patriotismo que está tomando conta de todos, assistir ao jogo e prestigiar a seleção ao vivo”, acredita o juiz Wildenberg Ferreira.

Comprar passagens aéreas com antecedência costuma ser um bom caminho para conseguir preços mais baixos. Mas quem tentou usar essa estratégia agora, a oito meses da Copa, foi pego de surpresa.

Os preços estão muito acima da média. O Bom Dia Brasil pesquisou na internet os valores cobrados no trecho Brasília-São Paulo (Aeroporto de Congonhas), indo numa quinta e voltando na sexta-feira. A diferença em uma das companhias foi de quase 700% entre as tarifas dos dias 20 de março de 2014 – R$ 228 – e 12 de junho de 2014, data do jogo de abertura da Copa – R$ 1.774.

“Está caro, muito caro”, reclama uma passageira.

O presidente da Embratur quer que a Secretaria de Aviação Civil estabeleça um limite para a cobrança das tarifas aéreas durante a Copa e também nas festas de fim de ano. Ele ainda sugere mudanças na legislação para permitir que empresas estrangeiras possam oferecer voos domésticos e assim aumentar a concorrência.

“Nós não temos um aumento de custos ou de tributação que justifique a passagem ser reajustada em 500%, 800% ou 1.000%. Fica evidente que está havendo abuso”, afirma o presidente da Embratur, Flavio Dino.

As propostas serão analisadas pelo governo. Mas o ministro do Turismo é contra a criação do teto para as tarifas. Acredita que fazer controle de preços hoje seria um retrocesso, mas defende a abertura de capital das empresas aéreas brasileiras e diz que vai negociar com os empresários.

“Nós precisamos ter é um pouco de compreensão que não podemos espantar o consumidor. Por um preço abusivo ele não vai viajar e todos vão perder”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

A Secretaria de Aviação Civil informou que o assunto será discutido no dia 22 de outubro na reunião do Comitê de Operações Especiais.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas explicou que durante a Copa do Mundo a demanda está muito concentrada em dias e horários específicos e que por isso os assentos disponíveis com preços mais baixos já podem ter sido comprados.

A Embratur pediu ao Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que investigue se há irregularidades na cobrança. O Cade vai analisar.

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