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RÊMORA 2

À véspera de interrogatório de Permínio, Gaeco ouve empresário e ex-secretário sobre esquema

26 Jul 2016 - 10:10

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

GAECO atuando na

GAECO atuando na

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) conclui nesta terça-feira (26) a série de oitivas realizada com empresários e servidores envolvidos com a investigação que desencadeou a “Operação Rêmora” e recentemente sua segunda fase, “Locus Delicti”. Serão ouvidos a partir das 14h de hoje: Josemar Ambrósio de Oliveira, Nelino Manoel Toledo Silva Nunes e Jean Martins, ex-secretário adjunto de Obras Públicas da Secretaria de Cidades (Secid).


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As investigações versam sobre um esquema de fraudes na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) em obras que somadas chegam a R$ 56 milhões. O mais recente escândalo envolvendo o caso foi a prisão, no dia 20 de julho, do ex-secretário da pasta, Permínio Pinto Filho, acusado de ser o “cérebro” do esquema.

O primeiro a ser ouvido será o ex-secretário adjunto de Obras Públicas da Secid, Jeans Martins e Silva Nunes, à partir das 14h. O próximo será a pessoa física de Josemar Ambrósio de Oliveira e por fim, Nelino Manoel Toledo, proprietário da Xnr Indústria Comercio e Construções Eireli – Epp, empresa individual, que deverá ser ouvido às 16h. Nenhum dos três são denunciados pelo Gaeco, nem se submetem a processo administrativo pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT), ao contrário dos empresários que prestaram esclarecimentos nos dias anteriores.

Os depoimentos do Gaeco se encerram nesta quarta-feira (27), com o interrogatório do ex-secretário Permínio Pinto. O esquema de corrupção desnudado até o momento envolve três agentes públicos: Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva, além de Wander Luiz. O empresário Giovani, segundo o MPE, era o responsável por gerenciar o esquema e receber as propinas. Para o MPE, Permínio possui participação ativa nas fraudes.

O Gaeco explica que após a deflagração da primeira fase da referida operação debruçou-se acerca dos elementos colhidos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais provas coletadas no sentido de elucidar toda a cadeia delitiva, em especial a cadeia de comando da corrupção e demais crimes.

A investigação aponta que o esquema possuía pelo menos 23 empresários e pelo menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.

De acordo com os elementos de prova, foi possível constatar que no escritório mantido pelo denunciado Giovani Belatto Guizardi localizado no Edifício Avant Garden Business, em frente a trincheira do Bairro Santa Rosa, a Organização Criminosa reunia-se para deliberações e acerto de contas acerca dos crimes praticados em prejuízo do Estado de Mato Grosso, sendo que após a deflagração da primeira fase foi possível elucidar de forma cabal a presença física do ex-secretário Permínio na cena do crime.

O Gaeco vai além em sua acusação. "Temos comprovação de que o ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto esteve em reunião com o operador da propina Giovane Belatto Guizardi no "Quartel General" do Crime Organizado antes das reuniões ocorridas entres os empresários denunciados em que ocorreram a distribuição das obras da Seduc que sequer estavam publicadas. Outros personagens (integrantes da Organização Criminosa) já estão identificados, sendo que as investigações ainda prosseguem e novas fases não estão descartadas. Importante frisar que na deflagração da primeira fase da Operação Rêmora não havia qualquer indicativo da participação de Permínio Pinto nos malfeitos, sendo que a produção de novas provas a partir da deflagração da primeira fase possibilitou o avanço das investigações e o surgimento de prova de que o ex-secretário agia dentro da pasta da Seduc para finalidades espúrias".
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