Olhar Jurídico

Terça-feira, 18 de junho de 2024

Notícias | Geral

Operação Asafe

Afastado desde 2010, desembargador Stábile será ouvido nesta sexta

Foto: Divulgação

Evandro Stábile

Evandro Stábile

Evandro Stábile, desembargador afastado desde 2010 por suspeita de venda de sentença, será ouvido nesta sexta-feira (6) no Tribunal de Justiça em audiência de instrução. Stábile ainda responde ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD), desde que foi alvo da Operação Asafe, deflagrada pela Polícia Federal em 2010. O processo corre em segredo de justiça.


Leia mais
Réu em ação da Asafe diz ter prioridade mas juíza nega pedido de desmembramento

O desembargador Marcos Machado, relator do PAD, vai ouvir Stábile e testemunhas, a partir das 13h30, no Tribunal de Justiça.

Stábile foi afastado do comando do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob a acusação de envolvimento num esquema de venda de sentenças. Conforme denúncia protocolada pelo Ministério Público Federal, há “fortes indícios quanto à existência de um grupo de pessoas associado em torno de uma estrutura organizada, perene e com predisposição comum de meios objetivando a prática criminosa, notadamente a suposta manipulação de decisões judiciais, mediante exploração de prestígio e corrupção ativa e passiva". Sustenta ainda que "contatos diários dos integrantes do grupo, sempre a tratar da possibilidade de influenciar em decisões judiciais, demonstra a regularidade e a constância das atividades empreendidas”. No inquérito que tramita no STJ sob sigilo, há transcrição de conversas telefônicas em que advogados e supostos intermediadores de agentes públicos mencionam o nome de Stábile, que foi afastado pelo CNJ da função de desembargador.

Ararath

Evandro Stábile também é alvo da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal em 2013, contra um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional em Mato Grosso. O desembargador afastado teria recebido R$ 500 mil para evitar a cassação do mandato do prefeito de Sinop, Juarez Costa. Em declarações ao Ministério Pùblico Estadual, o ex-secretário de Fazenda, Copa e Casa Civil, Éder Moraes, revelou ter sido o responsável para levantar o valor que teria sido repassado ao magistrado.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet