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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Judiciário contribui para reforma de cadeia com a venda de 14 cargas de madeira apreendidas

Foi reinaugurada nesta terça-feira (23 de junho) a Cadeia Pública do município de Itiquira (a 357 km de Cuiabá). A unidade passa contar com sala de aula, biblioteca, alojamento masculino e feminino para os agentes, recepção, depósito e capacidade para 49 reeducandos, o que representa um aumento de 75% em relação ao número de vagas existentes anteriormente.


O dinheiro utilizado na reforma e na ampliação da unidade foi arrecadado com a venda de 14 cargas de madeira apreendidas por ilícito ambiental há cerca de um ano, no Posto Fiscal Correntes – divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Poder Judiciário doou as cargas ao Conselho da Comunidade, que comercializou a madeira por R$ 215 mil.

A reforma foi coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), também responsável pela planta da obra. Dez recuperandos da Cadeia Pública auxiliaram na construção. O trabalho foi realizado em parceria com o Poder Judiciário, representado pelo juiz Marcelo Sousa Melo Bento de Resende, e com o Conselho da Comunidade.

“O mais importante é que a partir de agora a Cadeia Pública oferece oportunidades que antes não tinha. Hoje o recuperando pode aprender a ler e a escrever, caso seja analfabeto. Com a biblioteca, será possível aplicar a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que permite a remissão de pena pela leitura”, defende o magistrado Marcelo Resende.

O juiz acrescenta ainda que serão realizados cursos profissionalizantes para os reeducandos e que a prefeitura demonstrou interesse e contratá-los como mão de obra. “Passamos a ter uma cadeia digna para quem está lá dentro”, argumenta.

A solenidade de inauguração do novo prédio contou com a presença do prefeito Humberto Bortolini, do diretor da Cadeia Pública, Edison Martins Doliveira, do presidente da Câmara de Vereadores, Licurguio Lins de Souza, do juiz Marcelo Resende, da presidente do Conselho da Comunidade, Hérica Patrícia Castro Miranda Marques, e de representantes da Sejudh e do Ministério Público.
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