O ex-deputado José Riva (PSD) pediu o adiamento das duas audiências que participaria na data de hoje, 14, na 7ª Vara Criminal. Riva encontra-se internado em um hospital particular em razão de problemas renais, conforme o advogado Mário Sá. Um atestado médico comprovando a informação foi apresentado a magistrada que diante da justificativa, deferiu a solicitação da defesa redesignando para a data de 29 de setembro a oitiva.
Dessa forma, Riva não mais ficará frente a frente com a juíza Selma Arruda, que determinou as prisões do mesmo. O parlamentar foi solto no último dia 2 de julho,por determinação do Supremo Tribunal Federal, e essa seria a primeira audiência com a magistrada que determinou o seu encarceramento nas datas de 21 de julho e 1º de julho. Ele é acusado de participação em dois esquemas.
O primeiro - desarticulado na operação Imperador (em fevereiro) - ele é acusado de liderar esquema que causou prejuízos na ordem de R$62 milhões. Já na segunda operação (Ventríloquo, deflagrada em julho) que resultou em 33 horas de encarceramento, é suspeito de determinar o pagamento de R$ 9 mi para quitaçaõ de uma dívida referente a planos de saúde de servidores da AL, mas de exigir metade do pagamento para si. As duas ações foram deflagradas pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).
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Na data de hoje, na primeira audiência agendada para às 13h30, o parlamentar iria responder a questionamentos sobre um esquema que envolve crimes de improbidade administrativa, lavagem de dinheiro e peculato. A audiência ocorre em função de do desmembramento da Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal.
Contra Riva pesa a acusação de autorizar pagamentos a empresas fantasmas por meio de 43 cheques da Assembleia Legislativa, e posteriormente trocá-los em factorings de propriedade de Arcanjo. A suspeita é de crimes de corrupção ativa, peculato (apropriação indevida de dinheiro público) e formação de quadrilha. O ex-deputado presidiu a Casa de Leis por seis vezes.
Já na audiência das 15h30, ele seria inquirido sobre um esquema executado junto a empresa Ed-Maluco Reparos e Serviços Ltda para forjar operações com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso no valor de R$ 1.976.795,80, com o fim de possibilitar o desvio de dinheiro dos cofres públicos estaduais.