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RÊMORA 2

Sem falar com a imprensa, empresários chegam ao Gaeco para depor sobre esquema na Seduc; acompanhe

25 Jul 2016 - 16:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Esper Haddad Neto

Esper Haddad Neto

Já estão na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), onde prestarão depoimento nesta segunda-feira (25) os empresários Esper Haddad Neto, dono da Construtora Panamericana Eireli ME e Eder Alberto Francisco Meciano, proprietário da empresa Geotop Construções e Terraplanagem. Eles entraram na sede do Gaeco sem falar com a imprensa. Outros dois empresários deverão ser ouvidos ainda hoje. Olhar Jurídico acompanha o procedimento no local.


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Outros três empresários deverão prestar depoimento ao Gaeco sobre esquema em obras de R$ 56 mi na Seduc

Os depoimentos fazem parte das investigações da recém deflagrada operação “Locus Delicti”, um desdobramento da “Operação Rêmora”. Ambas apuram um esquema de fraudes na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) em obras que somadas chegam a R$ 56 milhões. A mais recente ação do Ministério Público Estadual (MPE) envolve a prisão, no (20), do ex-secretário da pasta Permínio Pinto Filho, acusado de ser o “cérebro” do esquema.

A empresa Panamericana está entre as 22 empresas alvo de processo administrativo da Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT), instaurada após a deflagração da operação do Gaeco. 

O advogado de Esper Haddad Neto, Bruno Alegria, esteve presente na sede do Gaeco na última sexta-feira (22) para pegar informações preliminares sobre o procedimento realizado hoje. Haddad Neto é investigado e foi conduzido coercitivamente para prestar depoimentos quando desbaratada a “Operação Rêmora”.

O segundo a chegar foi o Eder Alberto Francisco Meciano, engenheiro civil, proprietário da empresa Geotop Construções e Terraplanagem. Sua oitiva estava agendada para última sexta-feira (22), porém ele não compareceu ao Gaeco. Ele também compõe a lista de 23 empresários investigados na “Operação Rêmora” e sua empresa é alvo de processo administrativo de responsabilização pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT) por suspeita de participação no esquema de cartel.

O esquema de corrupção desnudado até o momento envolve três agentes públicos: Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva, além de Wander Luiz. O empresário Giovani, segundo o MPE, era o responsável por gerenciar o esquema e receber as propinas. Para o MPE, Permínio possui participação ativa nas fraudes.

O Gaeco explica que após a deflagração da primeira fase da referida operação debruçou-se acerca dos elementos colhidos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais provas coletadas no sentido de elucidar toda a cadeia delitiva, em especial a cadeia de comando da corrupção e demais crimes.

A investigação aponta que o esquema possuía pelo menos 23 empresários e pelo menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.
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