Acusado de seqüestrar e matar uma família na região de Juína (744 km de Cuiabá), o trio de criminosos Jânio de Souza Meirelles, José Carlos Luz Lopes e Carmo Júlio de Souza foram condenados a mais de 140 anos de prisão pelo Poder Judiciário. De acordo com a sentença proferida pelo juiz Vagner Dupim Dias, os dois primeiros cumprirão pena de 146 anos pelos crimes de extorsão mediante sequestro com resultado de morte e estupro.
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A decisão foi deferida depois de denúncia efetuada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Juína. O promotor de justiça Dannilo Preti Vieira, lembrou que os fatos, ocorridos na antevéspera de natal de 2015, chocaram a população da cidade, que clamava por justiça. “O Estado, através da Polícia Civil, o Ministério Público e Poder Judiciário agiram com firmeza e celeridade na captura e punição desses criminosos, responsabilizando-os na medida exata pelos torpes delitos perpetrados."
O crime ocorreu no dia 23 de dezembro de 2015 quando os réus invadiram uma propriedade rural, sequestraram e mataram mãe e dois filhos. De acordo com a denúncia os assassinos tinham informação que o irmão da vítima L.S.B havia vendido uma fazenda na região e que estaria com muito dinheiro. Os acusados sequestraram a família com o objetivo de obterem vantagem com o resgate.
As investigações apontaram que um dos assassinos, José Carlos, aproveitou o laço de amizade e intimidade que possuía com as vítimas para dissimular suas ações delituosas, planejando detalhadamente os crimes. Segundo a acusação, ele fingiu ser rendido pelos comparsas e ser por eles obrigado a ser um intermediário nas negociações relacionadas a quantia em dinheiro exigida pelos sequestradores.
Ao tomar conhecimento que não receberia a quantia de R$ 900 mil exigida a título de resgate, o grupo criminoso além de estuprar G.S.B matou as vítimas. Os corpos das três vítimas (mãe e dois filhos) foram encontrados pela polícia a 8 km da fazenda da família. O local seria dentro da propriedade rural que pertence a um dos acusados.
De acordo com o Ministério Público o crime só foi descoberto porque o pai das vítimas e marido de L.S.B conseguiu render o assaltante que o estava vigiando e ir até a rodovia onde conseguiu ajuda de uma pessoa que o levou até a polícia.
