Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (16), a magistrada da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, revelou o que tem mais pesado no indeferimento dos pedidos de liberdade protocolizados pela defesa do ex-governador Silval Barbosa. Para Selma, a gravidade das acusações trazidas pelo Ministério Público Estadual (MPE) no âmbito da “Operação Sodoma” e das demais investigações, inviabilizam a concessão da liberdade para o político. Silval Barbosa está preso desde 17 de setembro de 2015 no Centro de Custódia da Capital (CCC).
Leia mais:
Eder Moraes foi "mentor, articulador e gerente do plano de venda da vaga no TCE", diz decisão de juiz
“O ex-governador Silval Barbosa é apontado pelo MPE como o grande líder de uma organização criminosa que teria se instalado na administração pública de Mato Grosso e que teria a função primordial de arrecadar de dinheiro desviado do erário público. Esta é a acusação do MPE, em razão da gravidade desta acusação, principalmente, que ele não tem conseguido a liberdade. São acusações muito graves (que pesam contra ele), em todas as fases da Operação Sodoma, e de fases deflagradas também pelo Gaeco (em outras operações), ele tem sido apontado como líder”, explicou a juíza em entrevista na manhã desta segunda.
O MPE não mede esforços em apontar as supostas atividades corruptas do ex-governador do Estado. Além das três fases da “Operação Sodoma” (a segunda e a terceira se uniram em uma só) onde na primeira Silval foi preso acusado de integrar esquema de fraudes em R$ 2,6 milhões, na segunda, ocultação de dinheiro de lavagem por meio da aquisição de um terreno de R$ 13 milhões e na terceira, de promover lavagem de dinheiro e receber R$ 10 milhões, Silval é réu na "Operação Seven".
A "Seven" investiga lavagem de dinheiro mediante compra de terreno avaliado em R$ 7 milhões. Dinheiro desviado dos cofres públicos.
A defesa jurídica de Silval Barbosa já protocolizou dezenas de habeas corpus nas três esferas da justiça, em setembro de 2016 o ex-governador teve sua 12a derrota, nas mãos do "carrasco" ministro Antônio Saldanha Palheiro, responsável por negar cerca de 04 deles, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A "Operação Sodoma 3" entra em sua fase final, a de sentença, que deverá ser proferida até o fim da primeira metade deste ano. Da mesma forma a ação penal da "Operação Sodoma 1".
(1).jpg "Silval da Cunha Barbosa")
