O ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa desistiu de arrolar como testemunhas de sua defesa o deputado Estadual Guilherme Maluf (PSDB) e o Conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) Sérgio Ricardo de Almeida, em ação que tramita na Justiça Federal. Silval responde por improbidade administrativa junto a outras seis empresas, dentre elas, o Consórcio Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá-Várzea Grande.

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Segundo os autos, o Ministério Público Federal (MPF) exige indenização por dano moral coletivo de R$ 148 milhões por conta dos transtornos vinculados às obras inacabadas do modal. Também responde à esta ação o ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães.

"Considerando que o Requerido Silval da Cunha Barbosa desistiu expressamente da oitiva das testemunhas Guilherme Maluf, Sérgio Ricardo de Almeida, Marleide de Oliveira Carvalho, Orlando Silva de Jesus Junior e José Aldo Rebelo de Figueiredo, homologo a desistência das testemunhas. Intimem-se as partes e as testemunhas", proferiu o magistrado federal Ciro José de Andrade Arapiraca, no último dia 21.

A ação, proposta pelos Ministério Público Federal e Estadual, traz ainda, como réus, Astep Engenharia Ltda, Magna Engenharia Ltda, Santa Barbara Construcoes SA, Caf Brasil Industria e Comercio AS, Cr Almeida SA Engenharia de Obras e Consorcio VLT Cuiabá Várzea Grande.
 
O dia 23 de março, às 13h, foi designado para interrogatório das testemunhas de defesa de Silval. Os nomes são mantidos em sigilo, exceto o da pessoa de Rafael Detoni.
 
Silval Barbosa agora se apresenta como delator premiado. O ex-governador confessou crimes cometidos no Veículo Leve Sobre Trilhos. A colaboração de Silva gerou a Operação Descarrilho, empreendida pela Polícia Federal em 2017.