Apesar de ter obtido o apoio incondicional do governador Blairo Maggi e dos "cardeais" do PR na sexta-feira passada, em reunião ocorrida a Estância Ecológica Sesc Pantanal, em Poconé, o presidente da comissão regional provisória republicana, Moisés Sachetti, ainda terá que aparar algumas arestas se quiser manter o "céu de brigadeiro".

Duramente acossado pelos parlamentares republicanos, estaduais e federais, Sachetti conseguiu safar-se sem um arranhão da turbulência interna após Maggi ter respaldado suas ações e ter chamado para si a responsabilidade na "co-condução" do partido. Mesmo assim, Sachetti sabe que terá que continuar, por si próprio, as arestas pessoais.

Conscientes disso, já sinalizou que quer retomar o diáologo com o superintendente da AMM, Adjaime Ramos Souza, e com o ex-prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, hoje seus principais desafetos. Demonstrando maturidade e escaldado pelo tenso jogo nos bastidores, Sachetti fez contato "pessoal" com Adjaime, na manhã de ontem, e deve adotar o mesmo padrão de comportamento com Zeno.

Outro a ser procurado por Sachetti para "zerar" eventuais divergências deve ser o deputado federal Homero Pereira, que chegou a dar entrevista para o Olhar Direto já na condição de presidente do PR, fato que não se consumou.

Mesmo assim, os assessores diretos de Homero parecem não ter "deglutado" o fato de Sachetti ter sido mantido como presidente da provisória regional republicana. Tanto que um dos assessores do parlamentar, na manhã de ontem, num atitude descortês, diga-se de passagem, chamou Sachetti de "traidor" e o clima só não esquentou porque o líder republicano preferiu manter a fleuma. Contudo, disse ao Olhar Direto que vai cobrar uma postura de respeito junto ao deputado Homero Pereira.