Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Política MT

Maggi chama para si responsabilidade do 'castelo de cartas' do PR

Ao manter o empresário e amigo Moisés Sachetti no comando da comissão provisória regional do PR, o governador Blairo Maggi chamou para si, mais uma vez, a responsabilidade do "castelo de cartas" que o partido ainda é em Mato Grosso. Manter é o verbo apropriado sim, embora muitos líderes avaliem o contrário. 



Não fosse Maggi ter "passado a régua nas divergências internas", logicamente se utilizando de seus interlocutores internos, o castelo de cartas republicano começaria a ser desmanchado logo após a reunião de ontem à tarde no bucólico hotel Sesc Pantanal, em Poconé, acompanhada em tempo real pelos sites Olhar Direto, Midianews e Preto no Branco.

Do histórico encontro de ontem, do qual participaram exatos 30 líderes, pode-se tirar uma lição: Maggi ainda tem o comando do partido em suas mãos apesar das feridas abertas com as eleições municipais de outubro de 2008 e das distintas opiniões dos líderes republicanos nos processos sucessórios da Associção Mato-grossense dos Municípios (AMM) e na União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMAT).

De pronto, é bom explicar, que o PR é sim uma colcha de retalhos desde a sua formação. Formado no Brasil a partir da fusão do PRONA (Partido de Reedificação da Ordem Nacional) e do PL (Partido Liberal), o PR de Mato Grosso é fruto da união dos liberais e dos líderes do PPS (Partido Popular Socialista).

Vale ressaltar, contudo, que PL e PPS eram adversários em Mato Grosso e "ferrenhos" no município de Rondonópolis (220 km de Cuiabá), onde fica a base eleitoral do governador Blairo Maggi, dos Sachetti (inclua-se aqui o ex-prefeito daquela cidade, Adilton) e da intrépida trupe da 'turma da botina', assim convencionada para se diferenciar da 'tuma do tênis', cujo comandante-mor era o ex-governador Dante de Oliveira, adepto às caminhadas e às bicicletadas.

Nada mais normal, portanto, que as divergências internas envolvam os grupos de Moisés Sachetti e do deputado federal Wellington Fagundes, que foi o candidato do PL contra Adilton Sachetti em 2003 na 'ferrenha' e 'pouco limpa' disputa pela prefeitura de Rondonópolis. 

Um desavisado qualquer, perdido no túnel do tempo da política e que tenha assistido a sucessão em Rondonópolis, teria tomado um susto na noite de ontem se presenciasse Fagundes e Sachetti (Moisés) tomando champanhe e cerveja, contando piadas etc. Tampouco entenderia as mensagens subliminares que ambas as lideranças mandavam entre si em "causos" contados na mesa quando a presença de um jornalista era sentida, em avisos e cutucões sob a mesa.



 
Passando a régua na história e nas divergências, o governador sabe, todavia, que ainda precisa manter a disciplina interna e, sobretudo, evitar defecções na cúpula e na base. Não simples defecções na essência da palavra (até mesmo porque muitos não podem deixar o PR por conta da questão da fidelidade), mas sim no estado de espírito de seus líderes menores, cuja grandeza, honradez e atividade laborial é reconhecida e que foram responsáveis sin pela formação do ainda frágil 'castelo de cartas' republicano.



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