Quatro candidatos - Alexandre de Mattos Guedes, João Batista de Almeida, Marcelo Ferra de Carvalho e Naume Denise Rocha Muller - estão na disputa pelo comando do Ministério Público Estadual (MPE). A eleição oficial acontece nesta sexta-feira (6), das 9 às 17h, no auditório do Ministério Público, no Centro Político e Administrativo (CPA), porém, muitos votos estão sendo remetidos pelo Correio por aqueles que estarão impedidos de se deslocar até a capital.
Ainda faltam 33 votos para definir quem serão os três mais votados e que vão compor a lista tríplice que será encaminha ao governador Blairo Maggi (PR), para que ele escolha o novo procurador-geral de Justiça, que vai administrar o MP no biênio 2009/2010, substituindo Paulo Prado, que está no segundo mandato.
No total, 171 procuradores e promotores das 79 Comarcas instaladas em Mato Grosso têm direito a voto. Os promotores e procuradores que não estiverem presentes na votação terão que fazer a justificativa do voto à Comissão Eleitoral, nomeada por Paulo Prado.
Prado avalia que os quatro candidatos estão bem preparados, conhecem bem o Ministério Público e qualquer um deles que assumir a Procuradoria Geral de Justiça vai estar representando muito bem a instituição.
Candidatos e propostas
Alexandre de Mattos Guedes, titular da Promotoria da Cidadania Pública e membro do Ministério Público há 15 anos, retrata que a instituição precisa avançar mais ainda em sua missão de socializar as ações de interesse da coletividade.
Mais antigo no Ministério Público Estadual a disputar as eleições do próximo dia 6, o procurador João Batista de Almeida completa, neste mês, 22 anos de carreira e tem uma larga experiência na vida pública por já ter sido vereador, procurador de Estado e ter atuado na imprensa. Ele defende que a categoria precisa ver resguardados seus direitos e uma parceria com o Estado, com a Assembléia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública, como forma de garantir o respeito à leis e a uma convivência harmoniosa que possibilite dar resposta aos anseios populares.
Promotor de Justiça há 13 anos, Marcelo Ferra de Carvalho, atualmente, ocupa a 11ª Promotoria de Justiça Criminal, que cuida dos crimes envolvendo entorpecentes, e decidiu entrar na disputa para trabalhar por um Ministério Público coeso, atuante e eficiente, que terá um relacionamento harmônico com todos os Poderes Constituídos, mas não abre mão de suas prerrogativas de independência e autonomia.
Perto de completar 20 anos como membro do Ministério Público, a procuradora de Justiça, Naume Denise Rocha Müller, mato-grossense de Poxoréo, filha do desembargador de Justiça já aposentado, Onésimo Nunes Rocha, disputa uma função nunca antes conduzida por um mulher. Ela assegura que sua plataforma de trabalho se sustenta na competência a serviço de um Ministério Público plural, forte, proativo e mediador social que justamente formam o nome de sua chapa, que defende um maior entrelaçamento dos Poderes e Instituições, com fins de ter resolutividade para os anseios da sociedade.
A candidata defende a capacitação de servidores e o fortalecimento das procuradorias especializadas.
Nenhum dos candidatos faz qualquer avaliação sobre a possibilidade de se repetir o “efeito Karol Rotini”, que foi eleita por maioria absoluta por seus pares para mais um mandato à frente da Defensoria Pública de Mato Grosso, mas teve seu nome preterido pelo governador Blairo Maggi na lista tríplice. Maggi optou por Djalma Mendes, segundo colocado na votação interna.
