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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Chegada do IMAX reforça processo de modernização dos cinemas do país

Quarenta anos depois do surgimento dos primeiros cinemas com a tecnologia IMAX na América do Norte (velhos conhecidos dos frequentadores de centros de ciência e parques de diversão na Flórida), o Brasil ganha suas duas primeiras salas de exibição do tipo neste ano. Inaugurado nesta sexta-feira (16), no Shopping Bourbon, na Pompéia, o Unibanco IMAX paulistano ostenta a maior tela instalada no país, com 14 metros de altura por 21 metros de largura.


A segunda sala IMAX será inaugurada em Curitiba, entre abril e maio deste ano.

Além do tamanho da tela, gigante se comparada à média das salas de cinema do país (veja tabela de comparações abaixo), e da altíssima resolução das imagens (que pode chegar a até 10.000 por 7.000 pixels, segundo dados do fabricante canadense, contra 2.048 por 1.080 pixels da maioria das salas de cinema digital), o espaço IMAX é também compatível com os filmes com tecnologia de projeção 3D, recurso que vem ganhando força no país desde a inauguração da sala digital do Cinemark Eldorado, em 2006.

A vantagem do IMAX, nas projeções 3D, é que sua tela é ainda mais côncava que a das salas já existentes e a disposição dos assentos é planejada especialmente para "envolver" o público nas cenas.

A melhor forma de perceber a diferença é vestir os óculos 3D e mergulhar junto com as câmeras no "Fundo do mar", filme escolhido para estrear a telona em São Paulo. 

O documentário, gravado pelo diretor e mergulhador Howard Hall, mostra os principais ecossistemas marinhos com proximidade e definição impressionantes. Se nos velhos filmes 3D com lentes azuis e vermelhas já éramos tentados a "tocar" a imagem, neste a sensação é ainda muito mais aguda, graças ao porte da tela, que toma quase todo o campo de visão do espectador.

Mas, por maior que seja a tela e por mais avançados os sistemas 3D e de som, a promessa de "imersão total" feita pelos proponentes do IMAX deve ser tomada com um pouco de ceticismo. Mesmo que bem mais amplo do que nos filmes tradicionais, ao menos na sala paulistana, o campo de visão não exclui totalmente as bordas da tela e principalmente as cadeiras da frente. Se em alguns momentos você acredita estar mesmo mergulhando em meio a corais e cardumes de águas vivas, em outros, algumas fileiras de cabeças à sua frente insistem em quebrar a ilusão e lembrá-lo de que ainda se está no cinema.

Batman vem aí
Como são poucas e curtas - cerca de 40 minutos - as produções 100% rodadas em IMAX, por motivos que incluem o preço exorbitante e o tamanho da câmera (que chega a pesar mais de 100kg), boa parte da renda obtida pelas centenas de salas espalhadas pelo mundo hoje vem da exibição de filmes captados em 35 mm e convertidos para o padrão de negativo em 70 mm dos cinemas IMAX.

Grandes produções hollywoodianas recentes, como a série "Matrix", "Speed racer" e "Transformers" já foram adaptadas para o formato. Já a versão para IMAX de "Batman - O cavaleiro das trevas" inclui seis sequências completas captadas com o filme de 70 mm. Na prática, o espectador vê mais da cena.

"Batman", aliás, é o primeira da leva de produções mais comerciais a ser lançado no Bourbon, em 6 de fevereiro. Em seguida, mas ainda sem data de estreia, virão "Watchmen", "Star trek", "Transformers 2", "Harry Potter e o enigma do príncipe", entre outros.

IMAX não é tudo
Mesmo num país onde a relação de salas de cinema por habitante é baixíssma (91% dos municípios brasileiros não têm nenhuma), o processo de modernização das salas e padronização de normas de qualidade de som e imagem vem se acelerando no Brasil nos últimos anos.

Na esteira do lançamento da sala 3D do Eldorado , em 2006, hoje elas já são algumas dezenas e estão espalhadas por diversas capitais de todo o país. Apesar de utilizarem tecnologias distintas, todas oferecem resultado bastante superior às antigas versões de filmes 3D.

No ramo do luxo e serviço, há ainda a recém-inaugurada sala do Shopping Cidade Jardim, com poltronas de couro comparáveis às da primeira classe da aviação e bar com atendimento nas poltronas até o início do filme. No Rio, o Kinoplex do Leblon também possui bistrô e uma vista panorâmica para o Cristo Redentor e a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Muitas salas de cinema do país também já contam com o certificado THX. Idealizado por George Lucas, mentor da série "Star wars", o sistema é um conjunto de especificações técnicas de acústica e equipamento de áudio e projeção que permitem um aproveitamento maior dos efeitos sonoros dos filmes.
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