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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Guarda Municipal de Porto Alegre tem primeira comandante mulher

Tomou posse, na manhã da sexta-feira (30), a primeira mulher a ocupar o posto de comandante da Guarda Municipal de Porto Alegre. Lorecinda Ferreira Abrão, de 30 anos, protagonizou um evento nunca visto durante os 116 anos de existência da Guarda.


“Não me sinto à vontade com esse termo, ‘comandante’. Quero ser uma líder e atuar com compromisso e responsabilidade”, diz Lorecinda.

A nova comandante conta que ficou espantada pelo modo como os homens da instituição a receberam. “Na guarda há 532 homens e apenas 31 mulheres. É uma instituição naturalmente machista, até por influência da sociedade, mas me receberam muito bem e isso deu bastante ânimo”, afirma.

Os homens a receberam com elogios. As mulheres, segundo ela, estavam “esfuziantes”. “É uma conquista histórica. Todo cargo que é tipicamente masculino, quando passa a ser ocupado por uma mulher, nos dá muita força”.

Não por acaso
De acordo com Lorecinda, a escolha é fruto de um “preparo pessoal e espiritual” de sua parte. “Isso passa, necessariamente, pelo aprendizado intelectual”, diz. 

O currículo da comandante mostra que este tempo de aprendizado foi levado a sério. Lorecinda é formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

“Não me dei conta de tudo o que fiz. Não planejei essas coisas. Apenas fui buscando conhecimento. Todo o trabalho deve ser feito embasado na busca por conhecimento”, diz Lorecinda.

Conversa
Lorecinda pretende promover uma reestruturação interna, com a criação da equipe de planejamento, e focar o trabalho da Guarda Municipal na prevenção. “Precisamos nos aproximar e interagir ainda mais com a população”, afirma.

Não é de hoje que a interação com as pessoas faz parte do modo de trabalho de Lorecinda. “Na época em que trabalhei na patrulha, o que mais me espantava era a forma como os conflitos podiam ser resolvidos”.

Ela diz que, conversando, muitas vezes evitou que ocorrências terminassem com violência. “Casos como os de postos de saúde, em que enfermeiras entravam em contato porque havia usuários agressivos, eu chegava e começava a conversar com a pessoa. Muitas vezes começavam a chorar. As conversas faziam tudo terminar de forma mais tranqüila”.
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