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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Mãe de quadrigêmeos chama almoço de 'hora do rush'

Depois do nascimento dos oito gêmeos na segunda-feira (26), em Los Angeles, nos Estados Unidos, muita gente pode ter imaginado como será a vida dessa família daqui em diante. O G1 falou com Patrícia Bianchessi Domingues, fonoaudióloga de Porto Alegre, e descobriu como é o cotidiano de quem tem apenas metade do trabalho que espera pela mãe norte-americana.


Quatro berços, 25 mamadeiras por dia, 1.200 fraldas por mês. Esses são alguns dos números que fazem parte da vida da família do jornalista Álvaro Batista Lopes de Oliveira e de Patrícia, pais de quadrigêmeos nascidos em julho de 2008 em Porto Alegre.

Com 6 meses de idade, Arthur, Felipe, Gabriel e Guilherme vão muito bem, segundo Patrícia. Ganharam peso e o desenvolvimento supera as expectativas dos médicos para bebês prematuros – eles nasceram com 32 semanas de gestação.

Os quatro não mamam mais no peito, diminuíram a quantidade de mamadeiras e já têm uma alimentação mais elaborada. A redução das mamadeiras foi um alívio para os pais, já que até pouco tempo eram preparadas 32 mamadeiras todos os dias. “Agora eles consomem, diariamente, uma lata de leite em pó de 400 gramas”, diz a mãe.

A hora de alimentar os meninos exige tanto da família que ganhou apelido. “A ‘hora do rush’, principalmente quando os quatro estão acordados, é muito complicada. Eles ficam sentados um do lado do outro, cada um em sua cadeirinha e com seu prato e colher. Nessa hora precisa de mais gente para ajudar”, afirma Patrícia. 

Os pratos, colheres, mamadeiras e chupetas são exclusivos para cada bebê. “Cada um tem esses itens de uma cor diferente. Fazemos isso não só para que eles sejam individuais quanto à personalidade, mas também para evitar contaminação”, diz a mãe. “Sei que é difícil, mas tentamos evitar ao máximo que um possa passar alguma doença para os outros.”

Apenas as roupas fogem à regra. “É muita roupa. Por isso, eles revezam. Os dois menores, Arthur e Guilherme, têm o mesmo peso e altura, e usam as mesmas roupas.” Os maiores, Felipe e Gabriel, também compartilham as roupas.

Disputa
Dar atenção para quatro bebês ao mesmo tempo não é tarefa fácil. Patrícia diz que, muitas vezes, os meninos disputam pela atenção dos pais. “Se nós falamos com um e tem outro perto, ele dá um gritinho. Eles têm mania de tossir para chamar a atenção. Dão um chorinho, você olha e eles começam a rir.” 

Famosos
Segundo Patrícia, passear com os bebês também é um desafio. “Já fomos com eles a shoppings, restaurantes, aniversários. É muito tumulto. As pessoas ficam em volta, querem ver, tocar, tirar foto. Eu fico com medo daquela multidão em volta”, diz.

A curiosidade para ver os bebês já provocou uma inversão de papéis em uma cena bastante comum. “Fomos ao shopping com eles no Natal, para tirarmos fotos com o Papai Noel. Normalmente, nós é que pedimos para fotografar com ele, mas, quando ele viu os bebês, veio atrás de nós pedindo uma foto”, afirma a mãe.

Cuidados
A família inteira se envolve para ajudar a cuidar dos quadrigêmeos. "Eu, meu marido, minha mãe, minha sobrinha, a ‘avó do coração’, todos nos revezamos para cuidar deles”, afirma Patrícia.

No próximo mês, os quatro devem ir para uma creche no local em que Patrícia trabalha. “Isso vai facilitar muito nossa vida”.

Além das atividades normais, a família agora está envolvida no planejamento da festa de aniversário para os meninos. “Já estamos começando a pensar nisso. As pessoas que falam comigo só pensam na festa de 1 ano. Acho que até o início de março já deve estar tudo planejado.“

A explicação para a antecedência combina com os números que caracterizam a vida de Patrícia e do marido. “Temos uma família grande. Só de familiares mais próximos, já são umas 90 pessoas. Temos que planejar bem o que faremos”, diz.
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