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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Economia

Obama promete novo plano para melhorar concessão de crédito

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado (31), em programa semanal de rádio, que sua equipe econômica anunciará em breve um novo plano para recuperação econômica. Ele acusou grandes empresas de agirem com "arrogância e ganância" ao distribuírem altos bônus para executivos após recorrerem a ajuda com dinheiro público.


Segundo Obama, o seu secretário do Tesouro, Tim Geithner, anunciará um plano para estimular a concessão de crédito para empresas e famílias. O novo plano prevê medidas para reduzir os custos do financiamento imobiliário e da concessão de crédito para as pequenas empresas, para que elas possam criar novos postos de trabalho.

Obama prometeu ainda uma "transparência sem precedentes, controle rigoroso e prestação de contas clara, para que os contribuintes saibam como seu dinheiro está sendo gasto e se está atingindo seus objetivos".

"No ano passado, o Congresso aprovou um plano para resgatar o sistema financeiro. Apesar de o pacote ter ajudado a evitar o colapso financeiro, muitos estão frustrados com seu resultado --e com razão", afirmou Obama. Segundo ele, o dinheiro dos contribuintes tem sido usado frequentemente "sem transparência nem prestação de contas".

"Foi oferecida uma mão para os bancos, mas proprietários de imóveis e pequenas empresas que dependem de crédito foram deixados para que se defendam sozinhos", disse.

O presidente americano citou as notícias divulgadas na última semana de que grandes empresas financeiras pagaram cerca de US$ 20 bilhões em bônus para executivos. Obama disse que isso "aumenta a indignação".

"O povo americano não vai permitir ou tolerar tal arrogância e ganância. O caminho para a recuperação exige que todos ajam com responsabilidade, da Main Street [expressão que se refere aos pequenos negócios e comércio] a Washington e a Wall Street", afirmou.

Estímulo
O presidente argumentou que é essencial, num cenário de recessão econômica, que o Senado aprove rapidamente o plano de recuperação econômica do governo, aprovado pela Câmara dos Representantes na semana passada, e pediu que as disputas políticas sejam deixadas de lado no tratamento da questão.

Segundo ele, "raramente na história os Estados Unidos enfrentaram problemas econômicos tão devastadores quanto nesta crise".

Na sexta-feira, após a divulgação de que a economia americana retraiu 3,8% no último trimestre do ano, na maior queda desde 1982, Obama disse que esses dados sinalizam que a economia do país enfrenta um "desastre contínuo".

Reforma
Ainda neste sábado, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou que o fracasso do sistema financeiro global na atual crise mostrou que uma total renovação das instituições financeiras globais é urgente.

Falando em uma sessão do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Brown disse que o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial foram criações visionárias quando foram fundados, mas que estão ultrapassados e precisam ser reformados e redirecionados.

Brown disse que gostaria de ver o FMI, por exemplo, tomando ações para evitar o desenvolvimento da crise, em lugar de apenas atuar após os problemas se instalarem.

Para o primeiro-ministro, não há precedentes para a "primeira crise financeira da era global" e, por isso, a história não oferece um caminho claro a seguir. Mas ele advertiu contra a ameaça de um aumento no protecionismo e disse que a cooperação global é a única saída.
O Reino Unido vai sediar em abril uma reunião de cúpula dos países do G20, grupo que reúne países ricos e emergentes com grande importância econômica, na qual Brown espera ver discutida a reforma do sistema financeiro mundial.
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