O fato do surgimento do primeiro foco de ferrugem asiática na região de Sorriso proporciona a expectativa quanto à possibilidade de aparecimento de outros focos na região, pela forma de disseminação da doença nas lavouras de soja. “A doença se propaga através das correntes de vento e numa extensão de até 300 kilometros é possível que um foco, proporcione o aparecimento de outros”, conversou o diretor técnico de campo da Aprosoja, Eleandro Záffari.

Uma das análises de folhas de lavoura da região de Ipiranga do Norte levanta a suspeita do aparecimento de foco da doença que seria o nono caso no estado de Mato Grosso.

Depois da suspeita, o material é enviado para laboratório especializado em detecção do fungo na cidade de Lucas do Rio Verde e a confirmação pode levar entre três a quatro dias.

“Mais uma vez alertamos de que uma confirmação em Sorriso de que realmente a doença está instalada neste território associado a esta suspeita faz com que os produtores se desdobrem em termos de monitoramento de suas lavouras e até mesmo repensem a possibilidade de novas aplicações, principais nas lavouras que foram plantadas no período mais tardio, ou que ainda estão com formação de grãos”, comentou Zaffari.

Muita lavouras já estão em fase de maturação dos grãos o que, certamente não serão afetadas, mas a preocupação maior dos produtores, refere-se as lavouras que foram plantas no final de outubro, dado a falta de chuvas no médio norte do estado.

Em Sorriso já foram efetuadas mais de 70 analises de diferentes pontos de abrangência. “ Não é possível saber um numero exato, por que alguns produtores nos trazem quantidades variadas de folhas”, salientou a responsável pelo mini laboratório, montado junto ao Sindicato Rural em parceria, entre o SRS a Cearpas/MT e a Aprosoja.